Autor: Luiz Henrique de Moraes Silva
Período: 2010-2
Orientador: Marcel Henrique Ângelo
Resumo: Neste trabalho é explorada a influência de teóricos expoentes do chamado Marxismo Ocidental (cf. Anderson, 1976) – notadamente aqueles que desenvolveram teorias de crítica cultural, como Gramsci, Lukács, Althusser, e os expoentes da Escola de Frankfurt – em dois fenômenos históricos concomitantes: o irromper da revolução cultural ocidental, desencadeada sobretudo a partir das insurreições de 1968, que combateu e alterou conceitos, valores e padrões comportamentais, bem como a confecção de produtos culturais tributários daquela revolução, como as telenovelas brasileiras ou a música rock’n roll, por exemplo, que foram instrumentais na difusão de discursos ideológicos avessos a determinadas convenções morais do ethos ocidental, conforme a estratégia revolucionária prescrita por aqueles teóricos. Uma vez que no capítulo um é exposto o arcabouço teórico de uma práxis revolucionária elaborada para minar as resistências ocidentais à ascensão do socialismo – a ―guerra cultural‖ –, e no capítulo dois são abordadas as demandas dos movimentos de contracultura e as sublevações de 1968 como frutos daquela práxis, no terceiro capítulo são apontados exemplos concretos de produtos culturais contemporâneos que encarnam uma guerra ideológica em curso contra valores tradicionais que já foram associados ao conceito de ―cultura ocidental‖. Ainda são citados agentes produtores de discurso inseridos na Indústria Cultural que assumiram difundir suas concepções ideológicas – as da chamada ―nova esquerda‖ – através dos media, e usá-los para desacreditar crenças culturalmente enraizadas, a fim de instigar o surgimento de um ―novo senso comum‖, o que possibilitaria a instauração de um outro modelo de sociedade.
Palavras-chave: Revolução Cultural, Marxismo Ocidental, Subversão, Indústria Cultural