Filtro bolha é o termo cunhado para definir os algoritmos utilizados na web para personalizar o conteúdo a partir da atividade online do usuário. Utilizado amplamente na web, o filtro bolha é encontrado nos resultados dos buscadores, nos portais de notícia, e nos feeds das redes sociais, sempre com a alegação de melhorar a experiência do usuário e apenas mostrar o que ele quer ver. O conceito dessas ferramentas, vêm do fenômeno do viés de confirmação, que é a tendência cognitiva de lembrar, pesquisar ou interpretar informações de modo que confirmem seus pensamentos/hipóteses iniciais.
Apesar de ser vendido como um avanço tecnológico que melhora o modo como as pessoas se relacionam com as informações na web, o filtro bolha divide opiniões. De um lado, está a praticidade que os conteúdos customizados trazem, as aplicações para um marketing mais direto e efetivo, e a capacidade de criar um ambiente online confortável e agradável ao usuário. Do outro lado, está as possíveis consequências que a troca de informações mediadas pode causar na sociedade.
(fonte: medium )
O lado negativo do filtro bolha
Esses filtros bolha também são responsáveis por criar as chamadas câmaras de eco, que nos fazem ter a impressão de que todos pensam como nós, formando uma espécie de bolha coletiva, onde os membros experienciam e reproduzem as mesmas ideias, criando uma visão excludente do mundo, onde muitas vezes nem é cogitada a existência de outras perspectivas.
É relevante dizer que a internet enfatizou o fenômeno dos filtros bolha e câmaras de eco, no entanto estes transcendem web. Nosso círculo social, nosso bairro e nosso trabalho também podem criar os mesmos efeitos, dependendo, é claro, de como você vive e interage dentro deles.
Um dos grandes problemas com os filtros é nossa tendência humana de pensar que o que vemos é tudo o que existe, sem perceber que o que vemos está sendo filtrado. E é aqui que entra a alfabetização digital crítica, precisamos entender, saber um pouco mais sobre como os sites de busca e as redes sociais funcionam, para não sermos influenciados por elas, para usarmos esses maravilhosos recursos a nosso favor e não contra nós.
(fonte: revista aldeia)
Deixe um comentário