Para quem procura construir seu próprio conteúdo digital ou trabalhar nessa área, é essencial aprender o conceito de “UX design“. O que é isso?
O estudo e aplicação da “User Experience”, traduzida para o português como “Experiência do Usuário”, diz respeito ao conjunto de técnicas necessárias para tornar o conteúdo digital simples, intuitivo e interativo para o público. Quando aplicado em conjunto com o design de interface, as chances de um site e/ou aplicativo cativar seus consumidores são muito altas.
Portanto, temos os seguintes princípios que funcionam como leis universais, independentemente do conteúdo que você planeja produzir, acompanhado de guias externos aprofundados sobre o assunto:
- Usabilidade
A primeira dica refere-se à facilidade com que os usuários podem navegar, interagir e realizar tarefas em uma plataforma digital. Isso inclui a disposição de elementos, a clareza das informações apresentadas e a eficiência do fluxo de tarefas.
Uma boa usabilidade garante que os usuários terão facilidade para realizar qualquer tarefa na plataforma. Para gabaritar esse princípio, é essencial criar uma interface intuitiva, sem muitos segredos. Quando o usuário sente a necessidade de um tutorial para entender o que fazer, provavelmente é consequência de uma usabilidade inadequada.
- Design responsivo
Hoje em dia a internet é acessada de diferentes plataformas, desde dispositivos móveis até computadores e televisões. Não adianta ter o conteúdo completamente adaptado apenas para uma delas, enquanto outras estão ilegíveis ou confusas.
Um web-design responsivo consegue se adaptar por completo, sempre atualizado com o formato dos novos dispositivos em lançamento.
- Velocidade e desempenho
O primeiro passo do usuário sempre será entrar no site/aplicativo, e posteriormente precisará navegar entre diferentes páginas. No entanto, se essa tarefa torna-se demorada, provavelmente ele irá abandoná-lo e procurar outro mais rápido.
Para isso não acontecer, o design precisa ser leve. Deve-se prezar por elementos visuais que equilibrem simplicidade ao mesmo tempo que cumprem seu objetivo. Por exemplo, é interessante comprimir imagens com muitos megabytes para carregar mais rápido.
- Design visual atraente
Mesmo sendo uma característica do “UI design”, a interface agradável aos olhos é indispensável para uma boa experiência. Por isso, esses dois estudos se complementam o tempo todo.
A preocupação com a tipografia correta, cores que façam sentido e ilustrações com objetivo são alguns exemplos de cuidados que com certeza se tornarão um diferencial do seu conteúdo para outros.
- Personalização
No início da popularização da internet, a personalização se tornou uma das partes favoritas de todo mundo. Era comum gastar horas no tumblr para deixar seu blog do jeito que quiser, trocar constantemente a cor do Twitter e escolher a capa dos álbuns baixados da internet.
Atualmente, uma nova geração está conhecendo cada vez menos essa particularidade das décadas de 2000 e 2010, mas ainda assim reage positivamente quando introduzida à ferramentas de customização. Então, porquê não considerá-las e criar uma proximidade do público com o conteúdo?
- Feedback e confirmação
Valorizamos a sensação de estar situado do que acontece, até mesmo no conteúdo digital. Tudo no site/aplicativo deve ser bem sinalizado, nunca abrindo espaço para o usuário sentir dúvidas sobre o que está fazendo.
Para isso, as ferramentas de feedback e confirmação imediatas são caminhos que fornecem transparência entre os dois mundos. Barras de progresso, títulos e “CTA’s”1 são exemplos de elementos que, quando inseridos, reduzem a ansiedade do leitor e influenciam de forma orgânica.
- Acessibilidade
Pensar na facilidade do acesso para pessoas com deficiência não deve ser uma preocupação adicional, e sim obrigatória. Mas além dessas condições, uma grande maioria dos usuários tem necessidade de alguma adaptação específica, não apenas PCD’s. Esse princípio evita frustrações e exclusão digital para certos grupos conectados online, e fornece o melhor para todos, não apenas alguns.
- Jornada do usuário
Compreender a jornada completa do usuário, desde o primeiro contato até a conclusão da tarefa, é um dos princípios mais importantes do UX. Entender as “personas”2 que consumirão seu conteúdo, pode te ajudar a contar uma história por meio da disposição do seu web-design.
Esse estudo, além de trazer a satisfação do consumidor, facilita no momento de realizar análises do que está dando certo e o que pode ser aprimorado, por meio da divisão de etapas que essa jornada propõe.
- Fluxo de informações
Baseado principalmente na hierarquia visual, esse cuidado interfere na ordem das informações que o leitor obterá ao longo da experiência.
Para evitar que o usuário chegue em algum passo antes de ter as orientações necessárias, todos os elementos devem ser dispostos de forma que faça sentido com a tendência humana de perceber os detalhes do campo de visão.
- Design de interação (IXD)
Assim como o UI design, essa área de estudo depende da UX para funcionar bem, e vice-versa.
O design de interação engloba a funcionalidade entre o usuário e uma ferramenta, garantindo que tudo ocorra como o esperado. É comum ocorrer a divisão dos profissionais entre as três áreas (UI, UX e IXD) pois os objetivos podem se assemelhar, todavia a experiência do usuário foca em analisar como tudo isso está se comportando em conjunto.
- Testes de usuário
Realizar testes com usuários reais ajuda a identificar problemas de usabilidade e aperfeiçoar a interface com base no feedback real. Dessa forma, é possível verificar se todos os princípios fizeram sentido juntos e se não faltou qualquer tipo de detalhe.
Considerações finais
O estudo da experiência do usuário é uma área nova, porém com grande poder de transformar seu conteúdo digital para melhor, seja ele informativo, de entretenimento ou comercial. As leituras que foram indicadas ao decorrer dessa publicação transitam das simples dicas para ter um bom site até o conhecimento mais avançado para uso profissional de tudo que o ambiente digital tem a oferecer.
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