O dilema entre plataformas de streaming e cinema

     A estreia de Barbie e Oppenheimer em Julho de 2023 fez com que um grande público retornasse as idas ao cinema.Durante a pandemia de Covid-19, os amantes de filmes se viram impedidos de saírem de casas devido a situação de calamidade, grandes empresas de Hollywood se viram obrigadas a adiarem as estreias ou transmitirem suas obras em alguma plataforma de streaming.No Brasil, Netflix vêem tomando atenção para seu catálogo e produções próprias a alguns anos, mas inegavelmente, pós pandemia e com o surgimento e popularização de outras concorrentes como Amazon Prime, Paramount+, o cinema viu seu posto ameaçado.

   No entanto, mesmo com os investimentos dessas plataformas onlines, percebe-se após o retorno ao convívio social sem restrições, que o cinema ainda possui um enorme destaque na indústria cinematográfica. Lançamentos do ano, além dos já citados, como Homem-Aranha: Através do AranhaVerso que está disponível no catálogo da Amazon Prime e Apple Tv, mostra que cabe aos produtores conciliarem os produtos para serem consumidos pelo público, que ainda permanece fiel ao cinema, no entanto se vê cada vez mais atraído pelo hábito de ver produções no conforto de casa.

  

Trailer de Homem Aranha Através do AranhaVerso-que ficou dispoível para ser assistido online depois de 8 dias do lançamento no cinema

Tal fenômeno, é estudado pelas grandes mídias desde do fim da pandemia de Coronavírus, principalmente devido a escassez de produções de filme que em 2022 teve a redução de em torno de 24 obras, como aponta a pesquisa do Comscore (SCOR).Cabe às empresas cinematográficas, produzirem agora obras que em muitos casos vão direto para os serviços de streaming.No Brasil, a situação de pouca democratização do acesso aos cinemas, facilita em última instância o consumo mais facilitado das plataformas digitais, como por exemplo os planos mais básicos da Netflix, que disponibiliza mais de 2.000 filmes e 1.000 séries por menos de 20 reais ao mês.

   Ainda nesse cenário, em meio às diversas plataformas, o público brasileiro ainda consome um meio mais barato, sites piratas online que disponibilizam filmes que nem sequer saíram do cinema contribui para toda a situação de pouco consumo do cinema. Mesmo com toda atuação do poder público e de órgãos como Anvisa, que estimam o consumo de mais de 4,5 bilhões de streams e dowloads não licenciados.

Qual o futuro do cinema ?
  

O fenômeno e impacto de obras como Oppenheimer e Barbie mostram que o cinema continuará sim a existir e ter relevância, todavia, no meio digital encontra-se os maiores rivais desse meio artístico, a cultura digital está cada vez mais relevante e integrada a vida em sociedade, e sim pode ser uma solução para as empresas. Sobre a questão de pirataria, no país e em todo o mundo, a solução é muitíssima complicada e que depende de diversos fatores, como sociais, econômicos e públicos para serem revertidos.


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