A melhor atuação do VAR numa partida de Libertadores

Nos dias de hoje, a tecnologia está presente em todos os lugares, inclusive nos esportes. Em 2018, o arbitro de vídeo fez sua estréia na libertadores, dando início a uma nova era do futebol sul-americano. Desde que foi implantado, o VAR já esteve envolvido em diversos erros e polêmicas, sendo acusado de favorecer um ou outro clube, inclusive no futebol brasileiro, onde o mecanismo acumula erros e mais erros.

Quando falamos sobre a Libertadores 2020 (ou 20/21), lembramos que esse ano foi marcado pelo início da pandemia, que teve um grande impacto em absolutamente tudo, inclusive no futebol. Os campeonatos no Brasil foram paralisados por 4 meses até o seu reinicio, em julho com os campeonatos estaduais e a libertadores voltou apenas em setembro, com a vitória por 2 a 1 do Colo-Colo contra o Peñarol.

Na fase de grupo da libertadores, o Palmeiras obteve a melhor campanha geral, o que lhe dava o direito de decidir os duelos mata-mata em casa. O alviverde passou com tranquilidade pelas oitavas e quartas de final. Classificado para a semifinal, o palmeiras enfrentaria o River Plate, o que seria o jogo mais importante dos últimos anos e talvez um dos mais importantes da história. O jogo de ida seria na Argentina e teoricamente seria um jogo difícil, onde um empate seria um ótimo resultado. Porém, o Palmeiras de Abel Ferreira resolveu mostrar quem manda e fez 3×0 nos Millonarios (gols marcados por Luiz Adriano, Rony e Matias Viña) e levou uma grande vantagem para casa, então, teoricamente seria um jogo tranquilo no Allianz Parque.

Porém, o jogo da volta se tornou um pesadelo quando o River Plate abriu 2×0 no primeiro tempo, o time do Palmeiras estava completamente perdido em campo. Logo no início do segundo tempo aos 51′, Santos Borré fez o terceiro gol para o River Plate, o que levaria o jogo para disputa de pênaltis. Mas o VAR chamou o árbitro do jogo, Esteban Ostojich e marcou impedimento do jogador do River, anulando o gol. O que provavelmente irritou a torcida do River Plate, mas o impedimento era incontestável.

Aos 73′, Robert Rojas, jogador do River, recebeu o segundo cartão amarelo por uma falta em Rony no que seria um ataque promissor. Teoricamente, o jogo se tornaria mais fácil para o palmeiras por conta da baixa na equipe adversária, mas não foi bem assim. O time argentino continuava indo para cima como se a equipe tivesse jogadores a mais. Aos 74′, Matias Suárez caiu na área e teria sido derrubado por Alan Empereur e o árbitro apontou o pênalti, o que levou os torcedores do River Plate ao céu e os palmeirenses ao inferno. Mas novamente, o árbitro foi chamado pelo VAR e revisou o lance, anulando o pênalti, pois não houve contato entre Empereur e Suárez.

Quando falamos dessa partida, é impossível não falar de um lance que ilustra perfeitamente o quão “tranquilo” foi a partida para o time do palmeiras.

O Palmeiras de Abel Ferreira avançou para a final, onde enfrentou o Santos e venceu por 1×0, com gol de Breno Lopes, aos 97′.

Nessa partida, o VAR teve uma de suas melhores atuações na Conmebol Libertadores e cumpriu seu papel de evitar que um time fosse eliminado injustamente. Isso mostra que apesar da grande quantidade de erros humanos, o VAR é uma tecnologia que pelo menos na teoria, torna o futebol mais justo.

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