Título: “Eu não matei minha esposa”: crueldade e narrativa do sensacionalismo no filme Garota Exemplar
Autor: Lucas de Oliveira Moura
Período: 2015-2
Orientador: Ricardo Duarte Gomes da Silva
Resumo: Nos dias atuais, muitas são as discussões a respeito dos limites da mídia e das intenções e relações existentes por trás de cada uma de suas narrativas. Pensando no enriquecimento deste debate e na linguagem cinematográfica como espaço de crítica dessas questões, o presente trabalho tem como objetivo analisar o filme Garota Exemplar, dirigido por David Fincher, procurando identificar como a obra representa a narrativa do sensacionalismo em seu roteiro. Considerando o conceito de crueldade como uma disposição para a prática do mal, buscamos verificar, ainda, a existência de uma relação desta representação com o chamado Cinema da Crueldade, uma vez que Fincher é considerado um contemporâneo diretor representante do gênero. Para tanto, nos apoiamos em referenciais teóricos que apresentassem não apenas essas definições, como também as referentes à intimidade enxergada como artefato de venda, aos
personagens construídos pela narrativa dramática, às normas e valores impostos pela mídia, ao jornalismo de celebridades e às representações da profissão no cinema, entre outras.
Palavras-chave: Crueldade; sensacionalismo; narrativa dramática; cinema; David Fincher