RPG Maker – Criando seu próprio mundo do (quase) nada
[Texto por Lucas Senpai]
Com certeza muita gente, desde pequena, se interessou na criação de jogos. Por ter crescido jogando obras que foram feitas com muito esmero e dedicação de seus criadores, muitos são atiçados a se aventurar no mundo do desenvolvimento de games, e nem sempre isso é das coisas mais fáceis.
As engines mais complexas disponíveis nos dias de hoje, como a Unreal, Unity, são caras em suas versões mais elaboradas e exigem um poder de processamento enorme do computador, é extremamente difícil elaborar artes, modelos de personagens, trilha sonora e outros aspectos dos jogos que são feitos em equipe ou por artistas mais talentosos e com experiência quando a pessoa só quer experimentar com a criação de jogos. Mas é aí que entra o RPG Maker.
Um programa extremamente simples, já com artes pré-instaladas no programa: desde objetos, a cenários, elementos de cena, modelos de personagens, tudo pronto para você montar o seu próprio jogo. Montar, aliás, é uma palavra que se encaixa muito bem ao se descrever o processo criativo de um jogo no RPG Maker.
Quem desenvolve pro RPG Maker não vira, necessariamente, um desenvolvedor de jogos. Isso acontece devido ao fato de que o programa não requer (ou até mesmo ensina) habilidades de programação avançada que são chave para o desenvolvimento de jogos. Tudo no RPG Maker pode ser montado por meio de ferramentas simples para o usuário. Ele monta o cenário utilizando “peças” de gráficos, usando blocos de pedra para desenhar uma estrada, a grama ao lado, a parte da frente de casas e outros elementos visuais. Por cima disso, são inseridos os modelos de personagens, que podem ser configurados para responder à interação do jogador com falas simples.
Porém ainda é possível aprender algumas técnicas de programação de jogos bem básicas com o uso dessa ferramenta. O usuário pode aprender como funcionam scripts, uma ferramenta básica que dita como os elementos do jogo interagem entre si, aprender a programar inícios e fim de cenas, fazer balanceamento dos combates caso o jogo seja um RPG, adicionar seus próprios modelos de personagens ou cenários ao jogo caso ele deseje… as opções são muitas!
Um dos principais atrativos do RPG Maker é a versatilidade. Caso o usuário deseje criar um jogo simples, feito somente com o conteúdo pré-instalado no jogo, ele pode muito bem fazer isso sem muitas dificuldades ou complicações. Porém, para o usuário mais avançado ou com mais interesse de aprender, é possível customizar completamente os elementos do jogo e fazer algo realmente seu, aproveitando de sua criatividade e capacidade de desenvolver esses elementos.
O RPG Maker pra mim foi só um brinquedo, um bem complexo que me permitiu sonhar com o desenvolvimento de jogos maiores e um futuro nessa indústria interessantíssima, mas poderia muito bem ter sido uma porta de entrada para ela, pois é um programa que dá plataforma para os mais criativos e sonhadores terem um pezinho na realidade