Autochess: um check mate do Dota
Iniciado como um mod de Dota 2, Drodos Auto Chess é um jogo que mistura uma competitividade e casualidade que o tornam um fenomeno, a ponto de ja ter sido um dos jogos mais jogados da twitch
E a INTZ ganha… mais experiência?
[Texto por Lucas Senpai]
Bom, precisamos falar sobre a INTZ no MSI. Vamos falar um pouco sobre o formato do torneio e em seguida já vamos entrar em detalhes sobre a performance do time brasileiro durante essa fase de acesso.
O MSI
O Mid-Season Invitational, vulgo MSI, é um torneio internacional organizado e promovido pela Riot Games, empresa responsável pelo League of Legends. O campeonato é uma espécie de “pré-mundial”, reunindo os campeões do primeiro split dos campeonatos ao redor do mundo e colocando os times para jogarem entre si, valendo o título do MSI. Pode se argumentar que o campeonato é relativamente pouco importante, mas o MSI é um ótimo termômetro para os maiores times de League of Legends do mundo nessa temporada, e também serve para manter o cenário movimentado nessa época mais “morna” dos campeonatos competitivos internacionais.
Para os times de regiões “menores”, como as latinas, a vietnamita, a russa, a japonesa e outras, existe uma fase de entrada para o torneio. Os times são divididos em dois grupos, e batalham por uma vaga na fase de grupos e, posteriormente, uma vaga na fase eliminatória, que vai definir o campeão da competição.
Na fase de entrada, são sorteados dois grupos entre os oito times campeões das regiões menores. Os vencedores dos dois grupos enfrentam, por sua vez, os campeões das ligas americana e chinesa. Os vencedores desses confrontos garantem suas vagas na fase de grupos final, onde as seis equipes restantes decidem por pontos suas colocações na fase de mata-mata, onde se definem os últimos confrontos do MSI.
A performance da INTZ
Quem acompanhou os jogos da fase de entrada, pode ver de primeira mão a eliminação bem ligeira da equipe brasileira da INTZ. Sorteada num grupo com a Mega (LTS, liga Tailandesa), a Detonation FocusMe (LJL, liga Japonesa) e a Vega Squadron (LCL, liga da Comunidade dos Estados Independentes, aproximadamente a liga “Russa”), era difícil de prever a performance do time brasileiro frente às outras equipes.
O Brasil já não é conhecido por grandes performances no stage internacional. Para motivos de comparação mais precisa, vamos analisar somente as performances dos times brasileiros no MSI nas duas últimas edições, que tinham um formato de fase de entrada similar ao presente no torneio atual.
Tanto em 2017 quanto em 2018, os times brasileiros (RED Canids e Kabum!) ficaram em segundo lugar na fase de grupos, ambas com um placar de 4-2, coincidentemente sendo ambas eliminadas pela equipe turca da SuperMassive eSports (o que gerou um meme de rancor em relação aos turcos pelos fãs do CBLOL).
Já no torneio desse ano, a INTZ amargou um 1-5, somente com uma vitória em cima da Mega, o time tailandês, discutivelmente o time mais fraco do grupo junto com a INTZ.
Desde a classificação da INTZ para o MSI, a comunidade já se mostrava dividida. Após uma vitória emocionante contra o Flamengo e-Sports na final do CBLOL, muitos duvidavam da capacidade dos intrépidos de representar o Brasil no torneio internacional, tendo em vista a campanha excepcional do Flamengo (que chegou à final com apenas uma derrota, nas mãos da Kabum). Foi repetido à exaustão que a INTZ não tinha condições de performar bem no stage internacional, que o time do Flamengo era superior e seria muito melhor contra time ao redor do mundo. Esse argumento é de uma índole um tanto quanto duvidosa, pois no formato do CBLOL o time dos intrépidos conquistou a vaga para o MSI de maneira justa e esforçada, batendo a campanha incrível do Flamengo numa melhor de cinco onde se provou o time superior na hora final de decisão do campeonato.
Independente da performance no CBLOL, o time da INTZ no MSI se mostrou irreconhecível do que vimos durante o split no CBLOL. Numa análise geral, o time vacilou muito nas tomadas de decisão, seja por problemas de comunicação, assessoramento ruim das situações encontradas na partida ou simplesmente por nervosismo.
Um dos principais membros intrépidos durante o split, Envy, apareceu muito pouco (ou quase nada) nos jogos do campeonato. Normalmente Envy tem um estilo de jogo mais agressivo, mesmo com campeões como o Ryze, que precisa de um tempo para escalar, mas nesse campeonato o papel dele foi muito relegado a um estilo de jogo defensivo. Dando mais espaço pras jogadas de Shini ou de Tay, o que poderia ter sido um trunfo para a equipe brasileira, acabou sendo um espaço privilegiado de assistir a partida. O pick de Nautilus especificamente foi bem estranho, tanto pelo estilo de Envy quanto pelo jeito em que ele jogou nessa partida em específico.
Outro ponto instável da equipe foi o jungler, Shini. Apesar de não ser o jogador mais consistente do campeonato, Shini se mostrou um excelente jungler, especialmente na reta final do CBLOL, porém esse Shini nem apareceu no Vietnã. Com chamadas duvidosas e muitos erros mecânicos, o caçador da INTZ deixou muito a desejar, especialmente em relação ao que normalmente é esperado dele.
A rota inferior da INTZ deixou muito a desejar também. Mills jogou o mesmo estilo defensivo de atirador que usou na maior parte do CBLOL, e isso não se mostrou muito bom contra as bot lanes adversárias da INTZ. RedBert jogou o máximo que pode para complementar esse estilo, com picks como Braum e Tahm Kench, que sinergizam bem com Varus e Ashe que foram os principais picks de Mills, mas acabaram não conseguindo escalar tão bem e fazer funcionar as composições da INTZ. Sem falar nas ultimates do Mills, que vão ser lembradas de um jeito negativo por um bom tempo.
Já na rota do topo, acho que podemos dizer que Tay foi o membro mais constante e presente da INTZ durante o torneio. Apesar de não ter um dos melhores AMAs, o topo dos intrépidos se mostrou muito proativo com picks agressivos, que infelizmente não sinergizaram muito bem com as composições defensivas da INTZ na maioria das partidas.
A vitória da INTZ em cima da Mega foi uma surpresa grata, e infelizmente deixou um gosto ruim na boca dos torcedores. A rota inferior de Sona e Taric funcionou muito bem com picks agressivos como Irelia, Hecarim e Skarner, e deixou a torcida imaginando se a equipe poderia ter se saído melhor nos outros confrontos se tivesse jogado com a mesma postura e garra dessa partida.
A INTZ sai com a pior campanha de um time brasileiro em campeonatos internacionais e abre algumas discussões interessantes sobre o cenário brasileiro. Estamos realmente indo para campeonatos internacionais somente para acumular experiência? Ocorre alguma evolução nos times ou a zona de conforto dos times que dominam o campeonato está impedindo os mesmos de se esforçarem mais nos confrontos contra outras regiões?
O MSI ainda está ocorrendo, e a fase de grupos vai começar no dia 10/05, com os times vencedores da fase de entrada se juntando às regiões “maiores” do League of Legends mundial. Os seis times da fase de grupo foram definidos após a vitória da Phong Vu Buffalo sobre a Vega Squadron, sendo eles:
Team Liquid (LCS)
Flash Wolves (LMS)
Phong Vú Buffalo (VCS)
G2 Esports (LEC)
Invictus Gaming (LPL)
SKT Telecom T1 (LCK)
Você pode acompanhar as partidas nos canais de streaming da Riot Games na Twitch.tv e no YouTube.
E é aberto os portões
Hoje ocorreu o segundo dia de BGS, e nele tivemos a abertura dos portões para o publico geral, e não mais apenas para imprensa e vip’s, com isso foi significativo o aumento de pessoas do evento fazendo honrar o nome de maior feira de jogos da America latina.
Nesse segundo dia tivemos o campeonato masculino de CS:GO da BGC, que agraciou a W7MGaming como vitoriosos na final contra a Team Wild. Tambem tivemos um aumento significativo de Digital Influencers nos mais diversos estandes, como a presença do Gaveta, que apresentou Injustice 2 pela Warner, Cid do Não Salvo, que jogou CS:GO com aqueles que passavam pelo stand da HyperX, e BRKS Edu que participou do estande da Old Spice. Alem, é claro, do estande da Twitch.tv, um dos estandes com maior circulação de pessoas por contar com a presença de diversos streamers que participavam de palestras.
Apesar do aumento do publico ainda reparamos a indiferença das pessoas quanto aos desenvolvedores indies brasileiros, que apesar de ótimas propostas de jogos, como Trajes Fatais, Adore e Kat Dealears, passam desapercebidos pelo publico geral. Em conversa com alguns youtubers, percebemos que o foco da maioria ainda é jogos Mainstreams, principalmente do gênero battleroyale. Contudo temos o streamer Felipe da Bro Games nos contou que trabalhar com jogos indies tem lhe trazido grande retorno de viewers, alem de ser um prazer conhecer novos jogos envolventes.
E o show começa….
Aconteceu hoje, dia 10 de outubro, em São Paulo, no EXPO CENTER NORTE, a abertura da décima primeira edição da Brasil Game Show(BGS), maior feira de games da América Latina. Assim como nos outros anos, o evento segue com sua programação típica: expositores de jogos, expositores de equipamentos gamers, cosplayers, youtubers, streamers, sorteios, campeonatos, além da presença de grandes nomes da indústria de jogos eletrônicos.
Nesse primeiro dia, destinado exclusivamente a imprensa, ou aos que adquiriram entrada VIP, a equipe do Programa New Game, conseguiu fazer algumas entrevistas, além de jogar alguns dos maiores lançamentos do ano. E é isso que vamos tentar fazer por aqui: dar um gostinho de como é estar neste evento excepcional para a vida de qualquer gamer.
Ficou evidente o destaque para os jogos de realidade aumentada, também conhecido como VR. Astro Bot: Rescue Mission, Tetris Effect, Golem, Blood & Truth e Beat Saber, foram nossos jogos destaque nessa categoria. É interessante ver como essa modalidade tem expandindo cada vez mais seu espectro de gêneros de jogos. No Beat Saber, por exemplo, você, inclusive, consegue queimar umas calorias, sendo que, ao contrário dos outros, nele você precisa de todo seu corpo para jogar. Enquanto no Golem, você tem a perspectiva de seu personagem, de um ponto de vista muito fidedigno e que reflete a sensação de ser um gigante mesmo sentado no sofá. Nossa crítica vai para a quase escassa presença das desenvolvedoras brasileiras, nesta modalidade.Além disso, os preços, tanto do óculos, quanto dos próprios jogos, ficaram parados no tempo, e ainda não condizem com a maioria esmagadora dos brasileiros.
Outro aspecto que chamou nossa atenção, é que em meio ao momento em que os MOBA’s dominam a internet o FPS rouba a cena no evento. São inúmeros jogos, campeonatos, e a presença dos melhores jogadores, não apenas do Brasil, mas do mundo, no evento. E falando no assunto, Gears of War 4, é o nosso destaque negativo na categoria FPS, o pequeno avanço nos gráficos não contrapõe à altura o péssimo desempenho da mecânica, os grandes slow-downs que quebram a dinâmica do jogo e reduzem drasticamente o tempo de ação. Mas por outro lado grandes da categoria, como Battlefield V e Black Ops, nesses quesitos, estão anos à frente. A franquia Call of Duty percebeu que é o momento ideal para abandonar as campanhas e investir pesado no modo online. Já seu concorrente, sai na frente por ter o modo BattleRoyale aliado a uma história que ainda prende boa parte dos players.
Além dos grandes lançamentos, existe uma área especial(exclusiva-no sentido literal da palavra, já que ela exclui os desenvolvedores nacionais do centro do evento) destinada aos jogos independentes nacionais. Em um corredor, diversos desenvolvedores e equipes tentavam apresentar seus jogos, alguns feitos por grupos extremamente pequenos. Lenin The Lion, por exemplo, é produzida por uma pessoa mais um colaborador. O jogo conta a história de um leão que sofre bullying por ser albino. Aliado a isso, ele sofre problemas como ansiedade e depressão.
E os famosos, neste primeiro dia, ainda foram poucos, apenas alguns streamers e youtubers, a presença de Marcos Mion no jogo escape 60, com temáticas de lendas urbanas brasileiras, foi uma real surpresa para o público do evento, que não esperava por uma experiência tão divertida.
Fallen, nomeado em 2015, como a pessoa mais influente do e-sport brasileiro, foi a maior procura dos fãs, já que a atuação do player fora do Brasil tem lhe rendido títulos nunca esperados pelos brasileiros.
Esses foram alguns dos destaques do primeiro dia da BGS 2018. O Programa New Game pretende nessa cobertura, informar sobre todo o evento, mas com enfoque nos jogos nacionais que farão parte de nosso próximos programa na rádio. Fique ligado no instagram @programanewgame, para ficar de olho em nossos stories na BGS, e não deixe de acompanhar o site, onde iremos postar textos relacionados ao evento.
Crescimento exponencial do esporte eletronico
[Texto por Francisco Rodello]
O e-sports, ou esporte eletrônico, é o grande fenômeno gamer do século XXI, com
prospecções de crescimentos ,segundo uma pesquisa da NewZoo em 2017, de movimentar
no mercado cerca de 1,4 bilhões de reais. Isso deixa claro o quão grande esse mercado já
é, e como o crescimento dele foi dado como exponencial.
A modalidade contudo, sempre foi paralela ao mundo gamer, desde sempre fez
competições amadoras em micro escala lotando fliperamas. Porém, após os anos 2000 o
crescimento dessa modalidade fez um boom no esporte eletrônico mundial, abrindo a porta
para vários jogos como, Counter-strike (CS:GO), League of Legends (Lol) e dota montarem
um ramo totalmente profissional nessa área, além de um público de espectadores que
beiram os 400 milhões de espectadores, segundo uma pesquisa também da NewZoo, para
se ter uma ideia segundo a agência, em uma partida do mundial de Lol em 2016 a média
dos espectadores era de 4 milhões.
Esse mercado se tornou tão grande, que as universidades americanas, oferecem bolsas
para quem se mostra bom desempenho em e-sports. Hoje já existe uma estrutura vinda dos
próprios desenvolvedores para isso, a Riot Games , desenvolvedora do League of Legends,
criou plataformas para que as universidades ingressarem no ramo competitivo, a UNILol
como é chamada no Brasil é um programa que reúne esses time universitários para
competições.
Na Universidade Federal de Viçosa, onde a NewGame se encontra, acontecerá neste
domingo, dois campeonatos de e-sport, um de Lol e outro de CS 1.6, sediado no Fernando
Sabino durante o evento Viçosa Comic-Con. A NewGame em entrevista com os
organizadores, constatou como o cenário se comporta na cidade, e as dificuldades
encontradas para promover eventos desse tipo seria a falta de união da comunidade na
cidade, visto que apesar de ter um número alto de jogadores eles não se conhecem logo é
difícil organizar esses campeonatos.
A NewGame em entrevista com a Amanda, organizadora do campeonato de CS, disse a
nós que já tinha um campeonato do jogo na escola de inglês que leciona, e decidiram levar
para o público da cidade. O campeonato conta com duas etapas, uma classificatória que
ocorreu no último sábado, classificando 4 equipes em jogos de melhor 3. Essas 4 equipes
vão se enfrentar no domingo, 30, junto também com o campeonato de Lol que será feito
com etapa classificatória neste sábado, 29, com final também para o domingo.
Se você é de viçosa e quer ver de perto esses eventos, compareça a viçosa comic-con que
como dito ocorre neste domingo, em todo Fernando Sabino. O evento além sediar esses
campeonatos, também contará com participação da equipe NewGame e esperamos ver
todos no evento, muito obrigado e até lá.
FINAL DO SEGUNDO SPLIT DO CBLOL 2018
[Texto por Lucas Senpai]
Acabou há poucas horas a final do Segundo Split de 2018 do CBLOL, o Campeonato Brasileiro de League of Legends, e meus amigos, que final foi essa.
A final, antes de começar, já tinha muito hype nas costas. Dois times subindo direto do Circuito Desafiante, a Kabum No primeiro split e o Flamengo nesse segundo. A rivalidade entre brTT e Titan, um dos mais tradicionais adc do nosso cenário contra seu “filho”, o jovem que acaba de fazer dezoito anos e já começa a colecionar títulos no cenário. O que não faltou foi história pra definir o cenário desse confronto histórico.
Com uma introdução típica das finais do CBLOL (especialmente as do segundo split, que tem um carinho especial pela senhorita Riot Games), um show de música mais parecida com as trilhas sonoras compostas para o jogo deu tapete para o rapper Emicida entrar no palco e roubar a cena com uma música sobre o jogo, dando destaque para vários jogadores e ex-jogadores, além de influências no cenário. “É só um joguinho, eles disseram”, cantou Emicida, esnobando as opiniões negativas sobre o cenário, ele que também joga League of Legends.
Os jogadores entraram entre as estrofes da canção, animando a platéia de Porto Alegre. Primeiro a Kabum, com Zantins, Ranger, Dynquedo, Titan e Riyev, do top até o suporte respectivamente. Logo após entrou o time do Flamengo, com Jisu, Shrimp, Goku, brTT e esA. O “pai” e Goku exibiam seus cabelos vermelhos para animar ainda mais a torcida rubro negra, que era visivelmente mais proeminente no estádio, com gritos constantes de “Mengo, Mengo!” durante as partidas que estavam por vir e na própria votação promovida pelo Twitter da Riot Games.
Após mais algumas matérias sobre a temporada que havia se passado e os jogadores que agora tomavam seus lugares no stage, finalmente começaram os picks e bans da primeira partida entre Kabum e Flamengo.
Partida 1
Flamengo – Urgot, Nidalee, LeBlanc, Kai’Sa e Alistar (Lado Vermelho)
Kabum – Rumble, Gragas, Zed, Jhin e Braum (Lado Azul)
A Nidalee e a LeBlanc na composição já indicavam: o Flamengo não queria enrolação. E esse primeiro jogo foi (quase) completamente controlado pela equipe rubro-negra. A Nidalee do Shrimp pressionou desde os primeiros minutos do jogo, seja na rota superior em cima do Zantins, ou na selva contra o Ranger, o coreano estava sempre proativo no jogo, garantindo vantagens tanto para seu campeão quanto para os de seus companheiros. Esse ritmo foi mantido pelo Flamengo, sendo que Jisu também pressionava e empurrava a lane para poder rodar o mapa e garantir objetivos maiores.
O maior susto para a equipe do Flamengo foi em torno dos 16 minutos de jogo, onde uma investida pela rota do meio para levar a torre da Kabum quase virou uma tragédia para a equipe do Flamengo, que perdeu quatro de seus jogadores. Porém, apesar disso, a vantagem estava mais que consolidada, e o Flamengo converteu essa pressão toda em um barão, onde converteu mais algumas kills em cima do time da Kabum que tentava contestar o objetivo. Com o bônus em mãos, os rubro-negros só tiveram o trabalho de empurrar as rotas com os minions e terminar o jogo super controlado aos 25 minutos.
FLAMENGO 1 – 0 KABUM
Partida 2
Flamengo – Vladimir, Gragas, Zoe, Ezreal e Alistar (Lado Vermelho)
Kabum – Urgot, Jarvan IV, Orianna, Vel’Koz e Tahm Kench (Lado Azul)
A Kabum deve ter tomado um susto com o primeiro jogo, porque voltou um time novo para esse segundo embate. Com picks mais agressivos para o early game como o Jarvan IV do Ranger, que fez muitas participações em jogadas desde o early game, o Vel’Koz na mão de Titan (que já jogou muito bem com ele durante a fase de pontos do campeonato), o time da Kabum perdeu toda a timidez que teve no primeiro jogo e tomou mais as rédeas da partida.
O começo da rota inferior da Kabum foi muito conturbado, com troca de abates entre os dois lados, mas apesar disso, a pressão de Ranger pelo mapa manteve o time confortável na partida. Titan e Riyev também inverteram com Zantins, após derrubarem a rota inferior com a pressão do Vel’Koz e a segurança do Tahm Kench, expandindo a influência da Kabum pelo mapa.
Após ter o arauto roubado pelo time do Flamengo, o time da Kabum perdeu um pouco o ímpeto, mas através de vários picks através do mapa, com destaque para o J4 do Ranger, que fez ótimos picks importantes em torno de objetivos e garantiu ao time da Kabum a vantagem necessária para fazer o Barão com tranquilidade (com direito a kill do Gragas do Shrimp com a ult do Titan) e destruir o Nexus da equipe do Flamengo pela rota inferior.
FLAMENGO 1 – 1 KABUM
Partida 3
Flamengo: Jarvan IV, Olaf, Orianna, Xayah e Rakan (Lado Vermelho)
Kabum: Jayce, Poppy, Azir, Lucian e Shen (Lado Azul)
Tudo igual na série, a Kabum já assusta nos picks e bans mostrando um dos grandes algozes da CNB contra a equipe do Flamengo, que foi a Poppy jungle. Porém, dentro da série, não parecia nem o mesmo campeão que afundou o navio da CNB. Ranger mostrou muita proatividade com o campeão no early game, garantindo kills para seu time e dando uma vantagem interessante para a Kabum no early para o mid game. As lutas em torno do aronguejo e objetivos menores na selva foram em favor da Kabum, até que o time do Flamengo fez um pickoff no Zantins voltando à base com seu Jayce. Disso, a equipe rubro-negra tirou vantagem para levar as torres de tier 1, o que foi dando bastante ímpeto para o Flamengo, apesar da dominância permanecer com a Kabum.
Então, numa chamada de Barão que se resumia ao timing do golpear dos dois caçadores, Shrimp usou seu flash pra entrar no covil do Barão e roubar o objetivo para o time do Flamengo. Nisso, o Flamengo se juntou para dar um grande engage na rota do meio em cima da Kabum. Enquanto Zantins fazia o split push no bot, e levava o inibidor, o time da Kabum conseguiu segurar o engage do Flamengo. Enquanto Zantins voltou para se juntar à luta, Titan usou o teleporte para levar o inibidor que Zantins deixou “pelado”. Isso deixou o menino Titan fora de posição, mas o mesmo conseguiu enrolar três jogadores do time do Flamengo dentro da base deles, ainda levando um abate em cima do brTT.
Essa abertura do inibidor inferior do Flamengo abriu o mapa completamente para o time, que fez o Barão tranquilamente. Abusando do buff e da composição do time, a Kabum empurrou mais uma vez para a vitória, ficando a um jogo de distância do título do segundo split do CBLOL de 2018.
FLAMENGO 1 – 2 KABUM
Partida 4
Flamengo: Rumble, Skarner, Jayce, Varus e Alistar (Lado Azul)
Kabum: Gnar, Jarvan IV, Zoe, Tristana e Shen (Lado Vermelho)
Esse jogo é um pouco mais estranho de se analisar. Não sei se por empolgação com a virada, por falta de atenção ou só muito azar, as calls da Kabum nesse jogo inteiro não funcionaram muito bem. O early game foi focado inteiramente na Tristana do Titan, com várias mortes acumuladas no time da Kabum para dar recurso para tentar adiantar o pico de poder desse campeão, que é bem forte. Porém, nesses dives, o esA jogou magistralmente com seu Alistar, segurando várias investidas do J4 do Ranger e os “provocar” do Shen do Riyev. Nisso, do outro lado do mapa, Jisu afirmava a dominância na lane sobre Zantins, solando seu Gnar com tranquilidade usando o Rumble e levando logo a primeira torre do jogo em favor do time do Flamengo. Após isso, Jisu focou no split push na bot lane, com Titan e Riyev empurrando a lane do top para liberar mais o mapa para o time da Kabum.
Ranger e Zantins tentaram incessantemente parar o split push do Jisu, porém o time do Flamengo se juntou para segurar os ganks dos dois (até com participação do Riyev pelo “Manter a União” do Shen) e foi só acumulando abates para o Rumble de Jisu e o Varus do brTT, que apesar da pressão sofrida na rota, se recuperava bem rumo ao mid game.
Nisso, Titan continua tentando fazer split push na rota superior e jogando separado do restante da Kabum, fazendo com que a vantagem acumulada por ele se tornasse irrelevante em frente à vantagem que os carregadores do Flamengo obtiam com os abates sobre o seu time. O Flamengo aproveitou o espaço deixado pela Kabum após mais uma luta péssima e fez o Barão, que foi a sentença de morte para a equipe laranja. Os rubro-negros se juntaram na rota do meio e empurraram até o nexus impiedosamente, empatando mais uma vez a série.
FLAMENGO 2 X 2 KABUM
Partida 5
Flamengo: Ornn, Sejuani, Irelia, Kai’Sa e Alistar (Lado Vermelho)
Kabum: Urgot, Kindred, Zoe, Tristana e Braum (Lado Azul)
A última partida da série já começou pegada, com um early game cheio de lutas, tanto entre os caçadores quanto aos dois jogadores na rota do meio. Goku, que finalmente escolheu sua Irelia, campeão no qual tem muita proficiência, forçou a presença de Ranger na rota do meio para que Dynquedo não morresse para os atordoamentos precisos feitos por Goku. Apesar disso, Goku conseguiu o first blood em cima de Ranger, numa jogada um tanto quanto duvidosa pelo caçador da selva da Kabum. Enquanto isso, a rota inferior era um campo de batalha também, com trocas de dano intensas para os dois lados, porém nunca o suficiente para abater os jogadores. Isso só mudou quando Goku desceu com Shrimp, dando um belo dive e garantindo mais dois abates para a equipe do Flamengo.
Mas no top, Zantins não queria nem saber. Impondo a sua vantagem com seu Urgot, aproveitou a vantagem de farm e de pressão para levar a torre do top com a ajuda de Ranger e Dynquedo e garantir esse bônus de ouro para a equipe da Kabum, em contraponto ao dragão da montanha que era abatido pelo time do Flamengo.
Com o ímpeto dos abates e do dragão realizado, o time do Flamengo pressionou a rota do meio, conseguindo mais dois abates para o Flamengo, que continuava a ganhar força dentro do jogo. Apesar disso, a Kabum aproveitou o recuo do Flamengo após tentar forçar a torre do meio pra fazer um pickoff no Alistar do esA e conquistar o arauto, que armou… e PEY, já levou a primeira torre do meio e mais metade da segunda.
Depois de muita dança por visão, um dragão da montanha para a Kabum e alguns pickoffs por ambos os times, o Flamengo conseguiu uma kill importante perto do barão, abatendo o caçador da Kabum, o que tiraria a pressão deles sobre o Barão, porém numa virada excepcional feita por Titan, Riyev e Dynquedo, o time da Kabum conseguiu abater o time do Flamengo inteiro de uma vez (com exceção do esA que ainda estava nascendo na base), empurrar os minions na rota superior e executar o Barão com tranquilidade. Porém, o uso do Barão pela Kabum foi bem questionável no começo, com o time sofrendo pickoffs na parte inferior do mapa e tendo que se organizar para não sofrer perdas maiores. Mas aí veio a surpresa.
No último minuto do buff roxo, o time da Kabum se juntou na rota superior e empurrou, sem piedade nenhuma, da torre de tier dois até o Nexus, esmagando a equipe do Flamengo e se sagrando campeã do Segundo Split do CBLOL de 2018.
Resultado final: FLAMENGO 2 – 3 KABUM
Com o título nas mãos, a Kabum garante sua vaga nos play-ins para o campeonato mundial de League of Legends, que começa no mês que vem, Outubro, na Coréia do Sul.