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Da pesca à pintura

Quarto dia de BGS e muitas novidades rolando! O dia foi marcado por campeonatos de vários jogos pela Brasil Game Cup, a premiação final da Brasil Game Jam, competições amadoras em grandes estandes e claro, a presença das grandes empresas de game e das maiores estrelas da internet.

Nossa equipe acompanhou todos os dias da Brasil Game Jam, a maior competição de produção de jogos eletrônicos do país. Foram dez equipes, com três participantes cada, disputando entre si para produzir um jogo sobre o tema “Educação Financeira” – tendo crianças de dez anos como público alvo –  e que foi escolhido pelo Banco do Brasil, patrocinador do evento esse ano. Por meio de conversa com os participantes, sentimos um pouquinho da pressão que é ter apenas 48 horas para produzir um jogo e o quanto isso os obriga a serem criativos e sucintos em tempo mínimo.

Tudo começou na quarta-feira, às 15 horas, quando foi dada a largada para que todas as equipes começassem os trabalhos. Exatos dois dias depois o cronômetro encerrou e as equipes expuseram suas produções para o público, o qual votou e decidiu os cinco melhores que passariam para a fase final.

Em conversa com a organização da Brasil Game Jam, foi esclarecido que a banca avaliadora se baseou em alguns conceitos para avaliar os finalistas: adequação ao tema, qualidade gráfica, mecânica e pertinência ao público alvo. Sendo assim, às 16 horas, após um crivo de jurados especialistas no assunto, a equipe “Geléia de Fog” foi confirmada como campeã da competição, com o jogo “Pescador de Sonhos”.

O jogo se trata de um simulador de pescaria que tem o intuito de ensinar o básico sobre investimentos utilizando uma mecânica de upgrades em sua vara de pesca e investimento em pérolas. A narrativa do jogo se baseia na vontade da personagem de comprar um barco, mas que com a falta de dinheiro acaba alugando um pequeno bote para tentar arrumar o capital para o nosso próprio navio. Ao pescarmos, ganhamos certa quantia de dinheiro dependendo daquilo que você pega, que podem ser algas, peixes ou baús de tesouro. E esse dinheiro pode ser investido em melhorias de sua vara de pesca e linha, te possibilitando ganhar mais ou sendo apenas uma melhoria que não serve para nada e apenas toma seu dinheiro, assim mostrando que nem sempre é útil você gastá-lo.

Além disso, no game existe a mecânica de investimento em pérolas na qual você investe algumas moedas e a cada rodada o preço dessa pérola aumenta, assim ensinando você a como poupar seu dinheiro. Por fim, jogo faz você tomar conta a todo momento de sua carteira pelo fato de que a cada cinco dias o aluguel de seu bote de pesca será cobrado, então não se pode investir tudo em melhorias de equipamento e muito menos em investimentos.

NG Review: Layers of Fear

Nossa equipe esteve na presença da galera da Bloober Team, um estúdio polonês focado exclusivamente em jogos do gênero horror. Testamos hoje o Layers of Fear e Katarzyna Cieszyńska, a chefe administrativa da empresa, nos contou que a temática do jogo foi baseada em dramas psicológicos de grandes artistas.

O game tem como personagem um pintor e seu objetivo é completar o seu quadro. A maneira como é construído o terror psicológico é magistral, pois o game tenta te cansar por meio de puzzles e te fazer duvidar do que está vendo por conta de eventos estranhos que só ocorrem caso você interaja de maneira correta com o ambiente, como o surgimento de uma sala a sua esquerda caso você vá ate o final do corredor e olhe para uma luz que não deveria estar ali, por exemplo. Em diversos momentos essa mecânica acaba lembrando o que ocorre no jogo Antichamber, mas o universo sombrio, macabro e fantástico de Layers of Fear te passa uma sensação assoladora que só pode ser experimentada pelo seu gameplay.

Apesar de seus desenvolvedores reforçarem a ausência de jump scares, ainda temos alguns casos isolados em que fazem uso desse método, já bem saturado por conta do uso extensivo em outros jogos do gênero, de se gerar medo, como em dois momentos no início da gameplay nos quais ao abrirmos uma porta, uma boneca enforcada cai na nossa frente, e num momento pouco mais a frente onde ao tentarmos abrir uma porta, tudo pisca, as cores são embaralhadas e vemos um vulto pela fresta criada.

O jogo é extremamente cativante, consegue te manter preso naquele mundinho de maneira que te deixa desnorteado quando se volta para a realidade. Para nossa equipe, a experiencia foi incrível!

E é aberto os portões

Hoje ocorreu o segundo dia de BGS, e nele tivemos a abertura dos portões para o publico geral, e não mais apenas para imprensa e vip’s, com isso foi significativo o aumento de pessoas do evento fazendo honrar o nome de maior feira de jogos da America latina.

Nesse segundo dia tivemos o campeonato masculino de CS:GO da BGC, que agraciou a W7MGaming como vitoriosos na final contra a Team Wild. Tambem tivemos um aumento significativo de Digital Influencers nos mais diversos estandes, como a presença do Gaveta, que apresentou Injustice 2 pela Warner, Cid do Não Salvo, que jogou CS:GO com aqueles que passavam pelo stand da HyperX, e BRKS Edu que participou do estande da Old Spice. Alem, é claro, do estande da Twitch.tv, um dos estandes com maior circulação de pessoas por contar com a presença de diversos streamers que participavam de palestras.

Apesar do aumento do publico ainda reparamos a indiferença das pessoas quanto aos desenvolvedores indies brasileiros, que apesar de ótimas propostas de jogos, como Trajes Fatais, Adore e Kat Dealears, passam desapercebidos pelo publico geral. Em conversa com alguns youtubers, percebemos que o foco da maioria ainda é jogos Mainstreams, principalmente do gênero battleroyale. Contudo temos o streamer Felipe da Bro Games nos contou que trabalhar com jogos indies tem lhe trazido grande retorno de viewers, alem de ser um prazer conhecer novos jogos envolventes.

E o show começa….

Aconteceu hoje, dia 10 de outubro, em São Paulo, no EXPO CENTER NORTE, a abertura da décima primeira edição da Brasil Game Show(BGS), maior feira de games da América Latina. Assim como nos outros anos, o evento  segue com sua programação típica: expositores de jogos, expositores de equipamentos gamers, cosplayers, youtubers, streamers, sorteios, campeonatos, além da presença de grandes nomes da indústria de jogos eletrônicos.

Nesse primeiro dia, destinado exclusivamente a imprensa, ou aos que adquiriram entrada VIP, a equipe do Programa New Game, conseguiu fazer algumas entrevistas, além de jogar alguns dos maiores lançamentos do ano. E é isso que vamos tentar fazer por aqui: dar um gostinho de como é estar neste evento excepcional para a vida de qualquer gamer.

Ficou evidente o destaque para os jogos de realidade aumentada, também conhecido como VR. Astro Bot: Rescue Mission, Tetris Effect, Golem, Blood & Truth e Beat Saber, foram nossos jogos destaque nessa categoria. É interessante ver como essa modalidade tem expandindo cada vez mais seu espectro de gêneros de jogos. No Beat Saber, por exemplo, você, inclusive, consegue queimar umas calorias, sendo que, ao contrário dos outros, nele você precisa de todo seu corpo para jogar. Enquanto no Golem, você tem a perspectiva de seu personagem, de um ponto de vista muito fidedigno e que reflete a sensação de ser um gigante mesmo sentado no sofá. Nossa crítica vai para a quase escassa presença das desenvolvedoras brasileiras, nesta modalidade.Além disso, os preços, tanto do óculos, quanto dos próprios jogos, ficaram parados no tempo, e ainda não condizem com a maioria esmagadora dos brasileiros.

Outro aspecto que chamou nossa atenção, é que em meio ao momento em que os MOBA’s dominam a internet o FPS rouba a cena no evento. São inúmeros jogos, campeonatos, e a presença dos melhores jogadores, não apenas do Brasil, mas do mundo, no evento. E falando no assunto, Gears of War 4, é o nosso destaque negativo na categoria FPS, o pequeno avanço nos gráficos não contrapõe à altura o péssimo desempenho da mecânica, os grandes slow-downs que quebram a dinâmica do jogo e reduzem drasticamente o tempo de ação. Mas por outro lado grandes da categoria, como Battlefield V e Black Ops, nesses quesitos, estão anos à frente. A franquia Call of Duty percebeu que é o momento ideal para abandonar as campanhas e investir pesado no modo online. Já seu concorrente, sai na frente por ter o modo BattleRoyale aliado a uma história que ainda prende boa parte dos players.

Além dos grandes lançamentos, existe uma área especial(exclusiva-no sentido literal da palavra, já que ela exclui os desenvolvedores nacionais do centro do evento) destinada aos jogos independentes nacionais. Em um corredor, diversos desenvolvedores e equipes tentavam apresentar seus jogos, alguns feitos por grupos extremamente pequenos. Lenin The Lion, por exemplo, é produzida por uma pessoa mais um colaborador. O jogo conta a história de um leão que sofre bullying por ser albino. Aliado a isso, ele sofre problemas como ansiedade e depressão.

E os famosos, neste primeiro dia, ainda foram poucos, apenas alguns streamers e youtubers, a presença de Marcos Mion no jogo escape 60, com temáticas de lendas urbanas brasileiras, foi uma real surpresa para o público do evento, que não esperava por uma experiência tão divertida.

Fallen, nomeado em 2015, como a pessoa mais influente do e-sport brasileiro, foi a maior procura dos fãs, já que a atuação do player fora do Brasil tem lhe rendido títulos nunca esperados pelos brasileiros.

 

Esses foram alguns dos destaques do primeiro dia da BGS 2018. O Programa New Game pretende nessa cobertura, informar sobre todo o evento, mas com enfoque nos jogos nacionais que farão parte de nosso próximos programa na rádio. Fique ligado no instagram @programanewgame, para ficar de olho em nossos stories na BGS, e não deixe de acompanhar o site, onde iremos postar textos relacionados ao evento.