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Evento MAGIC

[Texto por Ana Vitória Messias]

No último domingo, 16, ocorreu um evento de MAGIC na Távola Lúdica, hamburgueria conhecida por sua exibição e acolhimento do universo nerd, e foi organizado pela equipe da Arena de Heróis. A New Game foi convidada para cobrir o acontecimento, reunindo informações importantes para maior esclarecimento do público leigo e entretenimento dos interessados. 

Foto: Hugo Virgínio

O principal objetivo do Magic é zerar os pontos de vida do inimigo com a utilização de unidades invocadas e magias com o auxílio de cartas necessárias que só podem ser usadas uma por turno, os terrenos. Existem cinco cores de baralho, sendo elas branca, azul, verde, vermelha e verde, sendo que cada uma possui um significado diverso que serve para a construção da estratégia do jogador, por meio da mistura de diferentes cores ou apenas uma.

As cartas são colecionáveis e há uma dinâmica de troca, o que tem como consequência a manutenção de um mercado ativo em volta delas. O valor da carta pode variar de R$ 0,01 até R$ 46.000,00, dependendo da sorte do jogador ao abrir o pacote de cartas.

O entretenimento vem conquistando uma diversidade maior de público com a versão para computador Magic: The Gathering, que tem como vantagem ser mais simples, não necessariamente presencial e gratuita, além de ter uma animação sendo produzida pela Netflix, uma possibilidade de ampliação ainda maior. Pelas respostas dadas pelo juiz e na observação dos doze jogadores que compareceram acompanhados de apreciadores do baralho no domingo , ficou claro que o jogo tem um forte público em Viçosa e um viçosense já foi bi-campeão do jogo, vitorioso em 2010 e 2012. 

Foto: Hugo Virgínio

A New Game entrevistou o juiz, o organizador do evento e três jogadores dedicados que se disponibilizaram a responder dúvidas a respeito do cenário do jogo, do público atingido, o mercado e a funcionalidade do mesmo. Confira:

Entrevista com o juiz

O juiz contou um pouco do que precisa ser feito para ocupar o cargo, o cenário do jogo em Viçosa e as expectativas a respeito da animação da Netflix.

Para ser juiz, inicialmente, a pessoa deve procurar outro juiz como tutor, que vai ensinar através do programa de juízes, depois há uma fase de entrevista em que o interessado revela seus motivos para querer participar e, logo após, uma prova escrita com 28 à 30 questões, com critérios altos, sendo exigido mais de 60 % e são 3 níveis do cargo, o primeiro atuando em pequenos torneios e o terceiro sendo responsável por eventos internacionais. 

Ele também afirmou que o cenário no município sempre foi muito grande, muito receptivo e aliou-se vantajosamente ao público que participa de eventos de RPG para a construção de um grupo fiel de admiradores. Acredita que a série animada da Netflix trará benefícios significativos para o aumento de pessoas interessadas em Magic. 

 Entrevista com o organizador 

O organizador esclareceu que o evento não é oficial, que foi realizado para reunir jogadores das cidades vizinhas e com o objetivo de manter o grupo unido. Afirma que o Magic tem evoluído muito nos últimos anos em Viçosa, mas que os novos jogadores ainda não estão preparados para enfrentar o cenário competitivo, coisa que pode ser amadurecida com o tempo e resultar na maior representação do município em campeonatos grandes.

Francisco Rodello entrevista o organizador William Sousa | Foto: João Vitor Moraes

Entrevista com jogadores

Os entrevistados disseram que começaram a jogar por meio da influência de amizades que já jogavam, consomem produtos além do baralho, aprovam a iniciativa do jogo para computador MTG Arena e demonstram paixão real pelo Magic. 

Quando perguntado sobre uma dica para iniciantes, um dos jogadores respondeu que o iniciante deve focar naquilo que lhe agrada no jogo, ou seja, se gosta do cenário competitivo deve treinar baseado nisso e se gosta de jogar por diversão, que sejam feitas partidas por diversão.

Outra constante é a admiração pelo jogo e sua comunidade, que mesmo com a complexidade das informações e inúmeras estratégias, está sempre disposta a se reunir e aprender mais, enquanto se divertem com o baralho. 

Foto: Hugo Virgínio

Por fim, o evento terminou trazendo para a equipe da New Game um novo olhar sobre o conteúdo transmitido pelo jogo e quem participa de seu fandom, tanto que até atraiu alguns de nossos membros para a possibilidade de tentar ser parte desse mundo cheio de lealdade, sorte e entretenimento inteligente.

 

 

 

  

  

E a INTZ ganha… mais experiência?

[Texto por Lucas Senpai]

Bom, precisamos falar sobre a INTZ no MSI. Vamos falar um pouco sobre o formato do torneio e em seguida já vamos entrar em detalhes sobre a performance do time brasileiro durante essa fase de acesso.

O MSI

O Mid-Season Invitational, vulgo MSI, é um torneio internacional organizado e promovido pela Riot Games, empresa responsável pelo League of Legends. O campeonato é uma espécie de “pré-mundial”, reunindo os campeões do primeiro split dos campeonatos ao redor do mundo e colocando os times para jogarem entre si, valendo o título do MSI. Pode se argumentar que o campeonato é relativamente pouco importante, mas o MSI é um ótimo termômetro para os maiores times de League of Legends do mundo nessa temporada, e também serve para manter o cenário movimentado nessa época mais “morna” dos campeonatos competitivos internacionais.

Para os times de regiões “menores”, como as latinas, a vietnamita, a russa, a japonesa e outras, existe uma fase de entrada para o torneio. Os times são divididos em dois grupos, e batalham por uma vaga na fase de grupos e, posteriormente, uma vaga na fase eliminatória, que vai definir o campeão da competição.

Na fase de entrada, são sorteados dois grupos entre os oito times campeões das regiões menores. Os vencedores dos dois grupos enfrentam, por sua vez, os campeões das ligas americana e chinesa. Os vencedores desses confrontos garantem suas vagas na fase de grupos final, onde as seis equipes restantes decidem por pontos suas colocações na fase de mata-mata, onde se definem os últimos confrontos do MSI.

A performance da INTZ

Diogo “Shini” Rogê, caçador do time brasileiro

Quem acompanhou os jogos da fase de entrada, pode ver de primeira mão a eliminação bem ligeira da equipe brasileira da INTZ. Sorteada num grupo com a Mega (LTS, liga Tailandesa), a Detonation FocusMe (LJL, liga Japonesa) e a Vega Squadron (LCL, liga da Comunidade dos Estados Independentes, aproximadamente a liga “Russa”), era difícil de prever a performance do time brasileiro frente às outras equipes.

O Brasil já não é conhecido por grandes performances no stage internacional. Para motivos de comparação mais precisa, vamos analisar somente as performances dos times brasileiros no MSI nas duas últimas edições, que tinham um formato de fase de entrada similar ao presente no torneio atual.

Tanto em 2017 quanto em 2018, os times brasileiros (RED Canids e Kabum!) ficaram em segundo lugar na fase de grupos, ambas com um placar de 4-2, coincidentemente sendo ambas eliminadas pela equipe turca da SuperMassive eSports (o que gerou um meme de rancor em relação aos turcos pelos fãs do CBLOL).

Já no torneio desse ano, a INTZ amargou um 1-5, somente com uma vitória em cima da Mega, o time tailandês, discutivelmente o time mais fraco do grupo junto com a INTZ.

Desde a classificação da INTZ para o MSI, a comunidade já se mostrava dividida. Após uma vitória emocionante contra o Flamengo e-Sports na final do CBLOL, muitos duvidavam da capacidade dos intrépidos de representar o Brasil no torneio internacional, tendo em vista a campanha excepcional do Flamengo (que chegou à final com apenas uma derrota, nas mãos da Kabum). Foi repetido à exaustão que a INTZ não tinha condições de performar bem no stage internacional, que o time do Flamengo era superior e seria muito melhor contra time ao redor do mundo. Esse argumento é de uma índole um tanto quanto duvidosa, pois no formato do CBLOL o time dos intrépidos conquistou a vaga para o MSI de maneira justa e esforçada, batendo a campanha incrível do Flamengo numa melhor de cinco onde se provou o time superior na hora final de decisão do campeonato.

Independente da performance no CBLOL, o time da INTZ no MSI se mostrou irreconhecível do que vimos durante o split no CBLOL. Numa análise geral, o time vacilou muito nas tomadas de decisão, seja por problemas de comunicação, assessoramento ruim das situações encontradas na partida ou simplesmente por nervosismo.

Um dos principais membros intrépidos durante o split, Envy, apareceu muito pouco (ou quase nada) nos jogos do campeonato. Normalmente Envy tem um estilo de jogo mais agressivo, mesmo com campeões como o Ryze, que precisa de um tempo para escalar, mas nesse campeonato o papel dele foi muito relegado a um estilo de jogo defensivo. Dando mais espaço pras jogadas de Shini ou de Tay, o que poderia ter sido um trunfo para a equipe brasileira, acabou sendo um espaço privilegiado de assistir a partida. O pick de Nautilus especificamente foi bem estranho, tanto pelo estilo de Envy quanto pelo jeito em que ele jogou nessa partida em específico.

Outro ponto instável da equipe foi o jungler, Shini. Apesar de não ser o jogador mais consistente do campeonato, Shini se mostrou um excelente jungler, especialmente na reta final do CBLOL, porém esse Shini nem apareceu no Vietnã. Com chamadas duvidosas e muitos erros mecânicos, o caçador da INTZ deixou muito a desejar, especialmente em relação ao que normalmente é esperado dele.

A rota inferior da INTZ deixou muito a desejar também. Mills jogou o mesmo estilo defensivo de atirador que usou na maior parte do CBLOL, e isso não se mostrou muito bom contra as bot lanes adversárias da INTZ. RedBert jogou o máximo que pode para complementar esse estilo, com picks como Braum e Tahm Kench, que sinergizam bem com Varus e Ashe que foram os principais picks de Mills, mas acabaram não conseguindo escalar tão bem e fazer funcionar as composições da INTZ. Sem falar nas ultimates do Mills, que vão ser lembradas de um jeito negativo por um bom tempo.

Já na rota do topo, acho que podemos dizer que Tay foi o membro mais constante e presente da INTZ durante o torneio. Apesar de não ter um dos melhores AMAs, o topo dos intrépidos se mostrou muito proativo com picks agressivos, que infelizmente não sinergizaram muito bem com as composições defensivas da INTZ na maioria das partidas.

A vitória da INTZ em cima da Mega foi uma surpresa grata, e infelizmente deixou um gosto ruim na boca dos torcedores. A rota inferior de Sona e Taric funcionou muito bem com picks agressivos como Irelia, Hecarim e Skarner, e deixou a torcida imaginando se a equipe poderia ter se saído melhor nos outros confrontos se tivesse jogado com a mesma postura e garra dessa partida.

A INTZ sai com a pior campanha de um time brasileiro em campeonatos internacionais e abre algumas discussões interessantes sobre o cenário brasileiro. Estamos realmente indo para campeonatos internacionais somente para acumular experiência? Ocorre alguma evolução nos times ou a zona de conforto dos times que dominam o campeonato está impedindo os mesmos de se esforçarem mais nos confrontos contra outras regiões?

O MSI ainda está ocorrendo, e a fase de grupos vai começar no dia 10/05, com os times vencedores da fase de entrada se juntando às regiões “maiores” do League of Legends mundial. Os seis times da fase de grupo foram definidos após a vitória da Phong Vu Buffalo sobre a Vega Squadron, sendo eles:

Team Liquid (LCS)

Flash Wolves (LMS)

Phong Vú Buffalo (VCS)

G2 Esports (LEC)

Invictus Gaming (LPL)

SKT Telecom T1 (LCK)

Você pode acompanhar as partidas nos canais de streaming da Riot Games na Twitch.tv e no YouTube.