Título: Photosynth: A tecnologia de imersão como fator de mudança no fotojornalismo
Autor: Maristela Guedes Leão Coutinho
Período: 2010-2
Orientador: Soraya Maria Ferreira Vieira
Resumo: Desde o final do século XX, com o surgimento das tecnologias digitais, o fotojornalismo vem passando por profundas transformações. Equipamentos mais sofisticados agora produzem fotografias sintéticas que perdem o status da materialidade e passam a ser cálculos numéricos. O signo fotográfico já não é mais só significado de representação, mas também de simulação. O objeto representado pode ser mais facilmente alterado com apenas alguns “clicks”. Dessa forma, a credibilidade das imagens divulgadas no jornalismo torna-se assunto principal no contexto atual, graças à existência de programas com o intuito de visualizar, modificar e manipular as fotografias. Surgem, também, softwares com possibilidades inimagináveis para o campo da fotografia, como o aplicativo online denominado por Photosynth. Ele produz imagens tridimensionais a partir de fotografias em duas dimensões, criando assim um ambiente imersivo. Além disso, ele permite com que a construção do álbum em 3D seja realizada de forma colaborativa, ou seja, por meio de fotos de diferentes pessoas – fotógrafos profissionais e amadores. Neste caso, o presente trabalho tem como objetivo analisar, a luz de alguns conceitos semióticos, como esse software poderia vir a contribuir na aquisição de uma maior credibilidade pelo usuário ao fotojornalismo. Procuramos ainda demonstrar qual o tipo de leitor e leitura aparece nesse ambiente imersivo. Assim como traçar um panorama das possíveis mudanças que podem vir a ocorrer no fotojornalismo a partir da inserção da tecnologia de imersão e o advento de novos suportes.
Palavras-chave: Fotojornalismo; Semiótica; Tecnologia de imersão; Linguagem Colaborativa; Photosynth