Você está visualizando atualmente Redação Analisa | Demon Slayer e o arco final nos cinemas

Redação Analisa | Demon Slayer e o arco final nos cinemas

Vale a pena dividir a trama final em três filmes confirmados?

Demon Slayer já entrou pra história do mundos dos animes. No Brasil, por exemplo, os grandes eventos dedicados ao universo nerd sempre ficam recheados de fãs com os kimonos chamativos e únicos. E lá não é o único lugar: em uma pesquisa rápida pela internet, é possível ver fotos de diversos amantes da trama com cosplays prestes a assistir os sucessos Mugen Train e Hashira Training no cinema. A história do órfão que tenta curar sua irmã demônio e vingar sua família também é falada em todas as redes sociais.

Não é exagero dizer que Kimetsu no Yaiba – nome japonês do anime, tornou-se um fenômeno. Ao longo das quatro temporadas, a obra conseguiu afetar todos, até aqueles que pouco se interessavam por desenhos orientais. Afinal, quem não quer ver uma obra cuja qualidade é tanta que foi vencedora de tudo que disputou?

Claro, são diferentes fatores que podem ter trazido Demon Slayer à tona: marketing bem feito; disseminação de seu conteúdo por toda internet; implementação do anime na Netflix, maior plataforma de streaming do mundo; apoio absoluto da comunidade otaku… enfim, são vários, mas, para que todos estes possam realmente ser válidos, a obra precisa ter algum tipo de qualidade, não concorda?

No entanto, as produções revolucionárias que engatilharam prêmios, público e alcance de Kimetsu no Yaiba podem ter se perdido durante sua estimável genialidade: por que – e eu vos pergunto com raiva – dividir o principal arco do anime em três filmes?!

Veja, não tenho problema algum com o universo cinematográfico. É aqui que o lucro primário chega de forma mais sucinta, é onde o orçamento pode ultrapassar milhões e detalhes podem ser feitos e refeitos ao máximo para, talvez, encontrar o caminho certo.

Mas não é aqui que Kimetsu no Yaiba deveria focar. O mangá terminou já em 2020, muito tempo antes do início de produção da primeira temporada. A história já está ali, perfeita, fácil de retirar e adaptar, não se é necessário tanto tempo para simplesmente lançar um arco inteiro, inclusive, o que todos querem ver.

Agora já confirmado, serão quatro anos de espera para ver a penúltima luta da história e pouco sabem quanto tempo demorará para ser lançada a luta mais importante de toda trama. Ufotable não só pensou no dinheiro, como acabou com a essência de tudo o que Koyoharu Gotouge construiu por cinco anos. Ao todo, quatro filmes, três deles já confirmados….

Para quem já leu e releu o mangá, sabe que uma temporada bem feita, construída em pouco menos de dois anos, já era o suficiente para chegar ao ápice da trama de uma forma clara e atrativa, menos àqueles em que estão, de fato, no controle.

Claro, veremos filmes impecáveis, adaptações fora do comum e, sem dúvidas, momentos de vibrar e sentir cada sensação com os personagens; isso não se pode negar. Só que não da maneira em que Kimetsu deveria ser mostrada ao mundo, não da maneira em que os próprios amantes estão acostumados.

E é por isso que quatro anos não é o que os fãs merecem. Interesses econômicos que muito prejudicam e surgem efeitos negativos na obra precisam ser deixados de lado e garantir fidelidade, compromisso e, principalmente, amor era o que deveriam realmente estar no ponto central dos que comandam tudo.

Talvez a Ufotable, em vez de lutar contra a justiça para não perder seus direitos em meio às faltas de pagamento de impostos, deveria focar mais em produzir algo rápido, bom e original, não demorado, afinal, aqueles que mais amam a trama já sabem o que acontece, apenas querem ver, de fato, as lutas animadas.

Comentários

Autor