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Merli é uma jornada de amadurecimento e aprendizagem

Longe do moldes hollywoodianos, a série catalã é um verdadeiro achado no catálogo da Netflix

Merli Bergeron é um professor de Filosofia que, após ser despejado de seu apartamento, passa a viver com a mãe, e tem que aprender a conviver com seu filho Bruno. É esse personagem contraditório e nada ortodoxo que dá nome a série do Cinedicas de hoje!

A trama começa com a chegada de seu filho, que até então morava com a mãe, que coincide com Merli conseguindo um emprego no instituto Àngel Guimerà – a escola de Bruno. Logo no início, percebemos que muitas confusões virão pela frente e que a passagem do professor pela escola não será nada fácil. Merli é tão nada convencional em seus métodos de ensino – chegando a ser até imoral em algumas atitudes – que divide opiniões de alunos, professores e familiares. Além disso, o filósofo é uma bela metáfora para o seu colega de área, Sócrates, que pelo método da maiêutica, questionava e estimulava os cidadãos de Atenas a buscarem a verdade, olhando além das aparências.

A relação de Merli com seus alunos, por ele chamados de Peripatéticos, é o núcleo principal da série e vai sendo formada e aprofundada ao longos dos episódios. Os Peripatéticos são um grupo muito diversificado que enfrenta todo tipo de situação clichê adolescente – descobrimento de sexualidade, problemas familiares, bullying, e tantos outros –  e servem como uma base para a desconstrução reflexiva, criando assim o gancho central da série: mostrar como a filosofia pode ser apaixonante e divertida.

Merli é uma série tão bem-humorada e, mesmo com seu enredo simples, numa vibe meio Malhação, sobre o dia a dia de uma turma de alunos, vai nos envolvendo e quando menos esperamos, estamos apaixonados e ansiosos por conhecer mais da filosofia do querido professor e suas histórias.

 

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