Uma abertura para a tão necessária reflexão do nosso papel no mundo e como o construímos
Baseada no livro de mesmo nome, a obra traz uma aproximação intensa com o público, por ser a narração de uma história real e contar com uma trilha sonora excepcional, com a voz de Eddie Vedder, que agrega maior intensidade às cenas bem roteirizadas. A produção é uma obra de arte com cores, sentimentos e cenários bem expressados e com grande teor simbólico, dando vida ao tom reflexivo que acompanha a trama do início ao fim.
Como citado acima, o filme é biográfico e conta a história de um jovem, recentemente formado na universidade, que se sente sufocado no meio social em que vive, cheio de pressão e pensamentos inquietos a respeito do objetivo que realmente quer seguir no futuro. Movido por sua necessidade de liberdade, o homem decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos, abandonando tudo o que conhece para trás, embarcando em diversas aventuras por onde passa, levando um pouco de si para novas pessoas e aprendendo pontos de vistas diferentes com as mesmas. Uma jornada pela descoberta do seu eu individual é o desejo evidente do principal, que decide enfrentar o maior de seus desafios e chega até o Alasca, mostrando que busca algo além de uma liberdade vazia, preenchendo-se com essa admiração daquilo que pode vir a alcançar.
O choro é garantido em alguns momentos da obra, o que é ótimo para que o público analise se sua zona de conforto é realmente satisfatória ou apenas uma desculpa para não enfrentar os desafios que levam à uma possível conquista maior. Na Natureza Selvagem traz uma ótima história, que muitas vezes chega a incomodar, mas é justamente por isso que cumpre seu papel de transmitir mais do que um simples entretenimento – é responsável pelo contato de quem assiste com os questionamentos de uma pessoa que realmente existiu e fez tudo aquilo. Vale a pena conferir!
Autor
