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Crítica: O serviço de entregas da Kiki

Uma bruxa juvenil em busca da independência vai ser a coisa mais fofa que você irá assistir.

Em 1989, o Estúdio Ghibli – estúdio de animação japonês -, lançou, com direção de Hayao Myiazaki, a animação O Serviço de Entregas da Kiki. O filme conta a história de Kiki, uma jovem bruxa que acabara de completar 13 anos de idade. Em seu vilarejo existe uma tradição de que as bruxas quando fizessem 13 anos deveriam ir embora e passar um ano inteiro sozinhas, trabalhando e vivendo de forma independente. A tradição já não costuma influenciar a ida das bruxinhas, que agora costumam ir mais velhas. Mas Kiki insiste em ir para sua jornada da independência. Então em uma noite de lua cheia, Kiki pega sua bolsa, seu gato preto chamado Jiji, e parte em direção ao litoral em busca de uma cidade em que possa se estabelecer.

Mas vida na cidade não é tão fácil de se adaptar. Kiki escolhe a litorânea cidade de Korico para se estabeler, uma versão alternativa de uma típica cidade do mediterrâneo, em uma versão dos anos 50 em que não aconteceram a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Com muitos personagens incríveis, talvez o que mais chame a atenção no filme, além dos detalhes técnicos, é como as pessoas sempre estão dispostas a ajudarem Kiki em sua jornada. Mesmo sem a conhecer, no caminho dela existem muitas pessoas dispostas a ajudá-la. E isso já mostra como o roteiro é claramente feito para o filme ser um filme leve, um filme divertido, daqueles que são feitos para ser fofo e ainda assim muito bons. Poucos conseguem alcançar isso como Myiazaki.

A animção é uma das primeiras animações de sucesso do Estúdio Ghibli, mas sua fotografia não mente, a estética característica do estúdio está presente em todo filme. Com cores suaves e com um aspecto quase de aquarela, essa estética faz a peça audiovisual ser belíssima de se ver. A forma com que as cores casam com a narrativa da jovem Kiki e acompanham sua trajetória deixa tudo mais incrível e faz o que seria simplesmente assistir um filme uma espécie de exposição artística, onde o filme é uma tela animada.

 

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