Estrada 47 não é nenhuma produção grandiosa mas acerta em suas limitações
O cinema Hollywoodiano já fez grandes produções sobre a Segunda Guerra Mundial, trazendo as histórias de seus soldados e a participação da pátria estadunidense. No entanto, alguns podem não saber, mas o Brasil também participou do conflito. Contando a história dos brasileiros que sangraram na Itália temos o filme, Estrada 47.
A produção conta a história de quatro pracinhas e um jornalista no fronte da Itália, onde eles ficam presos em uma montanha, perto de um vilarejo. Único meio de entrar ou sair da região é através da estrada que dá nome ao filme, porém a mesma está toda minada. Tanques americanos tentam liberar a passagem, mas falham, sobrando para o grupo de brasileiros desativar as bombas e assim abrir o caminho para a ajuda chegar ao vilarejo.
Só o fato de trazer as perspectivas dos soldados brasileiros já torna Estrada 47 interessante. Além do mais o filme traz pontos positivos em sua composição, abordando o medo dos pracinhas brasileiros, que se questionam o motivo de sua participação no conflito, com eles lutando com uma situação atípica para suas naturezas – o inverno europeu -. O filme é escrito e dirigido por Victor Ferraz, tem a narração de Daniel Oliveira, como Guima, que retrata todo o ocorrido em uma carta para seu pai. Há um acertos na direção de fotografia do filme sabendo explorar paisagens das montanhas italianas e na sonoplastia, denotando um bom nível técnico na produção.
Não vá esperar planos amplo com cenas de muitos figurantes confrontando-se, nem nada grandioso, mas assim como a participação brasileira na guerra Estrada 47 é modesto e satisfatório. Sabendo de suas limitações o filme entrega um drama de boa qualidade e que merece atenção, ainda mais por falar de uma parte da história pouco lembrada pelos brasileiros.
Autor
