A série de comédia da Netflix é um daqueles achados não valorizados, e o Cinedica de hoje veio pra mudar isso
Se você é uma daquelas pessoas que maratonou Modern Family numa tacada só, precisa conhecer Superstore. Para os órfãos da obra, a série criada por Justin Spitzer (que traz consigo a bagagem de produtor e roteirista de The Office) é um carinho no coração e uma premissa de risada garantida. A sitcom da emissora National Broadcasting Company está disponível na Netflix e Prime Video, e para aqueles que gostam de um humor com pitadas de críticas, é sem dúvida a aposta perfeita.
Ambientada 90% do tempo no supermercado Cloud 9, a série aborda o relacionamento e a rotina dos funcionários da unidade 1217. Superstore gira em torno, majoritariamente, de Amy (America Ferrera) e Jonah (Ben Feldman) e como o relacionamento deles se constrói, considerando o quanto são opostos. No entanto, também traz em seu leque de personagens o cínico Garett (Colton Dunn), a esquisitíssima e esquentada Dina (Lauren Ash), o ácido Mateo (Nico Santos), a hilariamente perdida Cheyenne (Nichole Sakura) e o brilhante Mark McKinney no papel de Glenn, o gerente trapalhão e extremamente católico da loja. Mas se engana quem pensa que apenas os principais brilham: a magia da obra está presente também no fato dos secundários chamarem muito a atenção, como é o caso do ‘heterotop’ Marcus (Jon Bariholtz) e da insegura Sandra (Kaliko Kauahi)
E como boa obra “a arte imita a vida”, nessa família (como eles mesmos se denominam) há de tudo entre os funcionários: relacionamentos amorosos, flertes, traições, rivalidade, tentativa de assassinato e (quase) tudo que o trabalhador entende bem. Apesar de serem pessoas diferentes umas das outras e às vezes discussões se tornarem inevitáveis, há muito, mas muito carinho e amizade entre eles. Superstore também não abre mão da representatividade, contando com latinos, homossexuais e pessoas com deficiência (PCD). Temas extremamente importantes como a dificuldade para gerar filhos, gravidez na adolescência, imigração ilegal e os problemas de um casamento que não funciona mais também são abordados de forma consciente e informativa dentro da produção.
Um dos pontos que mais chama atenção, contudo, é a exploração do trabalhador. Realidade (infelizmente) extremamente comum. Os funcionários da Cloud 9 trabalham horas exaustivas sem receber extra, não possuem licença maternidade e muito menos os mesmos tratamentos que o gerente Glenn. Em um episódio que acompanha a famosa Black Friday podemos ver a exaustão dos funcionários, que viram a noite na loja sem, é claro, receber nenhum extra por isso. Em outro episódio, uma funcionária dá à luz e é obrigada a trabalhar no dia seguinte sob ameaça de demissão; situações que revoltam e acontecem com mais frequência do que o imaginado.
Superstore é uma série brilhante, divertida e informativa que com toda certeza merece seu play. E caso a produção de 20 minutos por episódio tenha te interessado, deixamos aqui o trailer da primeira temporada!
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