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Foto: Aleister Lima

Relembrando um retorno espetacular; CineCOM está vivíssimo

 A primeira sessão do pós-férias, Soul (2020), reforça o espaço que o projeto representa na agenda cultural da cidade.

Final da tarde do domingo (25). Somos recebidos no gramado pelo show de nossos parceiros da sessão do Deadpool, Rhudson e Davi Vieira, animando o ambiente de lazer antes do começo da correria das segundas. Logo mais, nossos colegas da revista Cultura Afro-brasileira chegam para nos ajudar a montar o espetáculo. E, então, o primeiro dos desafios chega: a montagem do telão.

Imagina-se que, a essa altura do campeonato, todos do projeto já consigam organizar e encher a estrutura de cabeça para baixo e olhos fechados, certo? Bem… um mês sem ocupar nosso lugar costumeiro nos fez perder um pouco da prática, sem contar que o conjunto de jovens de humanas se perdeu um pouco na logística. Mas deu tudo certo no final, porque “o mal vence mas Deus trabalha” (Samara Ramos, 2022)!

Então, revistas Curta! chegam com nosso querido vice da Redação, o rei dos artigos de opinião, Sandro. Tangas começam a se dispor pelo gramado e um grande contingente de crianças, com suas famílias, preenchem,  junto com nossa tradicional playlist pré-sessão, o esquenta para o filme.

A antecipação cresce, o barulho de pipoca e outros lanchinhos passam a compor a nossa trilha sonora natural, e nossos fotógrafos da vez capturam o máximo possível desse momento mágico de preparação para o espetáculo.

Começa, enfim, o show!

A Tomada 1 para lá de especial já começa emocionando com o relato de Matheus, da Cultura Afro-brasileira, acerca da importância de ver o povo preto e sua cultura num produto de magnitude e qualidade como um clássico Pixar. Logo após, o filme inicia a sua trajetória típica do estúdio, de encantar o público com leveza, humor, identificação e beleza gráfica.

E o desenvolvimento da história não decepciona, já que, não muito tempo depois, instaurou-se o característico “quase” silêncio da sessão: o momento em que o público inteiro, incluindo nós do projeto, já está totalmente imerso com a trama que barulhos pontuais, como o da embalagem do lanche, se perdem em meio a submersão audiovisual estabelecida.

O ponto ápice, no entanto, chega sem avisar: mesmo já tendo o assistido duas vezes antes, Soul me levou às lágrimas novamente em seu momento de clímax. Mas dessa vez, não estava sozinha! A experiência foi coletiva, o que esquentou meu coração e me fez perceber o quanto esse projeto é especial para mim. Essa experiência “totalitária do cinema” (Godard), esse momento de comunicação não verbal entre espectadores é uma conexão implícita e que permanece nos reafirmando, apesar de qualquer perrengue, como o CineCOM é especial, transcende a si mesmo e já faz parte essencial da história em curso da cidade.

Que memória boa, e que felicidade de ter compartilhado essa lembrança com você, leitor. Espero que tenha aproveitado tanto quanto eu. Te vejo nas próximas sessões. CineCOM vive!

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