Acompanhe uma família diversa e a história bela e dolorosa sobre o amor, perda e amadurecimento
The Fosters é uma série de 2013 e conta com cinco temporadas, tendo começo, meio e fim. Na trama, acompanhamos um casal lésbico e seus três filhos, mas tudo muda quando Callie, uma garota que enfrente vários problemas do sistema, é alojada na casa dessa família e vai buscar seu irmão, que se encontra numa situação de violência de risco. E assim, de três filhos, Lena e Stef precisam lidar agora com cinco adolescentes, formando uma família multirracial.
É uma série que foi e ainda é muito atual, abordando temas complexos, com muito respeito e carinho, sabendo lidar com os seus dois públicos-alvo, desde os adolescentes e até os adultos, já que esses dois núcleos têm muita importância para narrativa. Estamos falando de uma produção que irá abordar descoberta da sexualidade (como orientação sexual e a primeira experiência sexual), tendência suicida, aborto (espontâneo ou não), estupro, violência física e psicológica, adoção, religião, legalização do porte de arma, relacionamento tóxico na adolescência, luto, entre outros assuntos. Ainda assim, existe um amor enorme na série, mesmo com todos esses temas tristes e complexos – que vão arrancar várias lágrimas do telespectador – ela ainda carrega uma família que apesar de tudo, são amorosos entre si, e mesmo no pior momento, ainda seguram na mão do outro nunca desistindo.
Ela demonstra como o amor é amplo, não existe distinção na forma que elas tratam os filhos, elas aceitam a história única de cada um e lidam com isso. O amor é o mesmo, elas são mães e vão tratá-los como filhos, movendo mundos pelas seguranças deles, fazendo de tudo por uma vida feliz, mostrando como o ambiente familiar é vasto, que existem vários tipos de famílias e que todas são válidas, desde que seja um espaço seguro e amoroso.
Acompanhar o crescimento de cada um desses jovens, o amadurecimento do casamento dessas mulheres e todas questões ao redor dessa família, pois infelizmente, para uma família que foge do tradicional, existem lutas próprias, é algo belo, doloroso, que faz você olhar para o real com firmeza. A produção olha para o fundo de cada questão, sem ter medo de tocar na ferida ou dar tapas na cara da sua audiência, jogando luz em falas problemáticas ou gestos que não deveriam ser naturalizados, sem medo de causar raiva nas pessoas.
No fim, essa é uma série humana, que mostra todas essas zonas cinzas da vida, da dor de crescer, da força que recebemos daqueles que amamos, como o apoio pode moldar toda nossa vida, como todos somos infinitos, e como isso pode ser arrancado de nós, É uma série que qualquer pessoa que pensa em ter filhos ou que não sabe como lidar com as diferenças familiares, deveria assistir. É uma experiência transformadora.
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