Abuso de drogas, brigas internas e fins trágicos: O mundo do rock pode não ser tão mágico como aparenta
Os bastidores de uma grande banda de rock é algo que gera curiosidade em muita gente. Como eles foram parar alí? Como essa música foi feita? O que levou o fim do grupo? As obras a seguir respondem algumas dessas perguntas e misturam duas coisas que todo mundo ama: cinema e música.
5. Cazuza – O Tempo Não Pára (2005)
No quinto lugar da nossa lista, temos um filme do cinema nacional de um dos maiores astros da música brasileira. Cazuza – O Tempo Não Pára conta a história do jovem Cazuza de 20 anos começando a sua trajetória na banda Barão Vermelho e tendo um estilo bem rock dos anos 80. Além do seu início no Barão, o filme retrata quando Cazuza decide seguir carreira solo e a descoberta do cantor que estava com o vírus da aids.
No decorrer do longa é mostrada a vida sem limites que Cazuza decidiu seguir, levando muito a sério o mantra “sexo, drogas e rock n’ roll”. Mesmo após a devastadora notícia de estar com aids, que na época era dada como sentença de morte, Cazuza não se escondeu e continuou vivendo como sempre viveu: intensamente. Tendo em mente que o seu fim poderia estar próximo, Cazuza não se abateu com o diagnostico e expôs o seu corpo se deteriorando, fez diversos shows e o principal: ele viveu. Cazuza – O Tempo Não Pára é uma aula de como mitigar preconceitos e como se deve levar a vida. Afinal, o tempo não para.
Cazuza – O Tempo Não Pára está disponível no Amazon Prime Vídeo e na Apple TV.
4. The Dirt – Confissões do Mötley Crüe (2019)
Mötley Crüe é uma banda de glam metal dos anos 80 que levou muito a sério o mundo do rock. The Dirt retrata muito bem o início, o estrelato, o fim e o renascimento da banda de Los Angeles. Um dos principais pontos do filme é que mostra o quão diferente cada membro era, mas que lá no fundo, eles eram uma família. No auge da banda, todos ali estavam vislumbrados com o tão sonhado sucesso e viviam sem pensar no dia de amanhã. O empresário David Costabile que tinha a difícil missão de impor limites àqueles quatro malucos.
O ponto alto do filme certamente é o da turnê em que Ozzy Osbourne participa. Nessa parte somos agraciados com cenas que mostram bem o que era as viagens da banda e entendemos um pouquinho do que era o Ozzy, o príncipe das trevas. O ensinamento que o filme deixa é que não era fácil sobreviver ao rock n’ roll, mas o Mötley conseguiu.
The Dirt – Confissões do Mötley Crüe é uma produção original Netflix.
3. Rocketman (2019)
Rocketman conta a história do excêntrico e talentoso Elton John. Dirigido pelo próprio cantor, o longa não retrata 100% dos fatos verdadeiros, mas essa liberdade poética permitiu que sua história fosse contada da melhor forma possível. No filme é mostrado como Elton Jhon se descobriu homossexual, suas decepções amorosas, seu estilo de vida maluco (assim como todos dessa lista) e claro, a sua incrível coleção de óculos.
Elton John não se esconde, mostrando seu problema com drogas e as tentativas de suicídio, mas no fim, ele deu a volta por cima e superou todas essas dificuldades. Esse filme, talvez mais que qualquer outro do gênero, foca no lado sombrio do protagonista mostrando o que há por trás do extrovertido e talentoso Elton John que vemos nos palcos. Nem tudo é o que aparenta ser.
Rocketman está disponível no Star+.
2. Elvis (2022)
O filme da vez é o que conta a história do rei do rock, Elvis Presley. São quase três horas que mostram o amor do protagonista com a música e a relação dele com seu empresário.
No longa é retratado como começou a carreira de Elvis, como terminou e como voltou. Quando o rei percebeu que não queria continuar na carreira de cinema e voltar à música fazendo shows pelo mundo, o seu empresário o obrigava a ficar em Las Vegas mesmo. Para resistir a pressão que ele passava, recorria ao álcool e as pílulas. O empresário mesmo sabendo disso, continuava obrigando Elvis a realizar os shows. Isso foi a sua ruína.
Elvis está no catalogo da HBO Max.
1. Bohemian Rhapsody (2018)
O primeiro lugar dessa lista vai para o filme que conta um pouco da história de um dos maiores nomes do rock, surgimento do Queen e produção da música mais ouvida do século 20.
Apesar de muitas criticas devido à sua cronologia, Bohemian Rhapsody mostra a relação de Freddie Mercury com sua família, como ele entrou na banda que seria o Queen e o fundo do poço que ele se encontrava após decidir dar um tempo da banda e seguir carreira solo. Nesse período ele percebe que está completamente sozinho e recebe uma noticia devastadora: ele estava com o vírus da aids.
No fim do filme temos uma cena mágica. Já na reta final dos shows do Queen, a banda faz uma apresentação histórica no evento beneficente Live Aid. A cena é extremamente fiel a vida real e fecha a obra com chave de ouro. Freddie Mercury escolheu as companhias erradas e viveu intensamente o “sexo, drogas e rock n’ roll”, mas acima de tudo, ele cantava sua filosofia de vida: Don’t Stop me Now.
Bohemian Rhapsody também está no Star+.
Cada uma dessas historias mostra o que era o rock, um estilo musical que é muito mais do que apenas música, é um estilo de vida. Cada letra, cada apresentação e cada filme. Tudo isso nos ensina muito e mostra o tanto que o sucesso pode ser prejudicial. Ao mesmo que você tem praticamente tudo que sempre desejou, você também perde tudo. Cada atitude de Freddie Mercury, Cazuza ou Nicky Sixx nos ensina a valorizar quem se importa de verdade com a gente. Nos ensina a viver com limites, mas viver. O show deve continuar.
Esse texto foi escrito enquanto eu escutava:
Bohemian Rhapsody – Queen
Home Sweet Home – Mötley Crüe
If I Can Dream – Elvis Presley
O Tempo Não Para – Cazuza
Rocketman – Elton Jhon
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