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Perfil | James Gunn

De cancelado a chefão de um dos maiores estúdios do planeta: A história do homem que revolucionou o cinema de heróis

James Francis Gunn Jr nasceu no dia cinco de agosto de 1966 na cidade de Saint Louis, Missouri; e parece que a paixão por cinema vinha de berço. Irmão de Sean, Patrick, Brian e Matt, Gunn já começou a se interessar por cinema na infância, influenciado por sessões de filmes de terror de baixo orçamento e fazendo filmes de zumbi com o irmão no quintal de casa. Ele concluiu seu bacharel em psicologia na Universidade de Saint Louis e depois disso estudou cinema por dois anos, mas não chegou a se formar. No ano de 1995, ganhou uma bolsa para estudar na Universidade de Columbia e começaria a sua carreira no audiovisual fazendo algumas peças publicitárias.

Já em 97, James Gunn iniciava sua trajetória como diretor ao dirigir um episódio de The Tromaville Café. Anos depois, começava a se consolidar em Hollywood sendo roteirista em Scooby Doo (2002) e Madrugada dos Mortos (2004) de Zack Snyder. Estreou como diretor solo em Seres Rastejantes (2006), e esse seria apenas o primeiro de muitos ainda por vir na carreira deste que é um dos maiores diretores do século.

Gunn dava prosseguimento na sua carreira com trabalhos menores, mas no ano de 2012 tudo mudaria para o diretor. Naquele ano, ele era contratado pela Marvel Studios para ser o responsável por uma das adaptações mais ousadas da empresa: Guardiões da Galáxia. Com sua genialidade e senso de humor único, James Gunn transformou personagens longe de serem populares em, talvez, os mais queridos do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM). Ali se iniciava a melhor trilogia daquele universo compartilhado e também a trajetória de Gunn no cinema de heróis.

Reprodução: Internet

Três anos depois, era lançada a continuação de Guardiões da Galáxia e, para o público, já era certo que James Gunn seria o diretor da conclusão da trilogia. Mas por muito pouco a direção do terceiro filme por Gunn não foi por água a baixo. Isso porque em 2018, tuítes bastante problemáticos de Gunn de cerca de 10 anos antes vieram a tona. Neles, frases de mau tom, numa tentativa falha de fazer humor, deixaram uma parcela da população americana e fãs ao redor do globo bastante irritados. Vendo a repercussão negativa, a Disney, que é dona da Marvel, optou por demitir o diretor.

Mesmo com o elenco de Guardiões da Galáxia o defendendo, a decisão tomada continuou e o terceiro filme, que já iria para a pré-produção, estava adiado até que encontrassem um novo diretor.

Nesse meio tempo, James Gunn, livre no mercado, foi contratado pela Warner para ser o diretor de um possível novo filme do Superman ou qualquer outro projeto da DC. Ele acabou escolhendo O Esquadrão Suicída.

Em março de 2019, a Marvel decidiu recontratar o diretor mesmo após a repercussão negativa de suas falas. Isso porque, além carta aberta do elenco, pedidos e até abaixo-assinado, o então diretor da Disney, reavaliando os pedidos de desculpa de Gunn e em conversas pessoais com mesmo, voltou atrás.

Mas era tarde demais, ele já estava na concorrência. Assim, Gunn pediu que esperassem – já que ele estava focado nos projetos de O Esquadrão Suicida (2021) e da série Pacificador (2022) – para só depois desse compromisso já engatado ele, então, de fato retornasse.

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Com os projetos previstos com a DC Comics finalizados, James Gunn já começou a trabalhar em Guardiões da Galáxia Vol.3 e outras produções menores, como I Am Groot e o especial de natal dos Guardiões. Contudo, esse retorno estava com os dias contados, pois ele já havia dito o quão magoado tudo que envolvia sua demissão o deixou, e que ele estava voltando apenas para encerrar a história que queria contar com o grupo de heróis.

Em outubro de 2022, veio uma notícia que colocou o mundo nerd de cabeça para baixo: James Gunn seria oficialmente o novo chefão da DC Comics, num projeto semelhante ao de Kevin Feige na Marvel. Os trabalhos recentes da DC vinham sendo bastante criticados, e é aí que surge a “Nova DC”. Gunn e Peter Safran serão os responsáveis por iniciar esse universo do zero e trazer de novo a essência desses personagens no cinema.

O primeiro capítulo da nova fase do DCU foi intitulado de “Deuses e Monstros”, e contará com produções como The Brave and The Boad, Waller, Lanterns e o principal, que dará início a esse novo universo, Superman: Legacy, que será dirigido pelo próprio diretor dos Guardiões.

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James Gunn foi responsável por revolucionar um mercado que já foi revolucionário. Quando o desacreditado diretor foi contratado pela Marvel em 2012, era a receita do fracasso; mas se tornou o maior acerto daquele estúdio. Ele, com sua mente meio maluca, conseguiu dar uma profundidade gigante a cada um dos personagens que trabalhou, seja na DC ou na Marvel. Ele tem o talento de transformar figuras nada populares em arcos memoráveis, algo mágico. O ano de 2023 foi de despedida de seus trabalhos com a Disney, e ainda assim fomos agraciados por um filme fantástico: um fim fantástico.

O diferencial dele é que, além de seu talento natural, você percebe que ele ama aquilo em está trabalhando. Gunn entende de cinema e de quadrinhos como ninguém e, por isso, suas adaptações ficam mágicas. Ele sabe usar o tom de humor perfeito para cada contexto de uma cena, por mais dramática que ela seja. E fica genial!

Agora, cabe a ele criar um novo universo de uma das melhores editoras de todos os tempos, ‘arrumar a casa’ do Superman. E, conhecendo James Gunn, ele fará algo completamente novo e diferente, mas igualmente maravilhoso.

Algumas referências e indicações para entendimento completo da polêmica:

James Gunn – Biografia IMDB

Entenda o caso James Gunn na Disney e o futuro de Guardiões da Galáxia

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