Você está visualizando atualmente O reforço dos estereótipos nas telas

O reforço dos estereótipos nas telas

Infelizmente, as telas ainda não estão livres dos preconceitos da sociedade, acabando por reforçar alguns estereótipos. Nessa matéria, vamos abordar esse assunto e também mostrar os padrões que as séries e filmes mais utilizam.

Diariamente travamos uma luta contra os estereótipos, seja na quebra do “corpo padrão”, da mulher que depende do homem, do negro sendo taxado como bandido… O avanço acontece aos poucos, mas  luta para romper com esses paradigmas ainda é grande.

A indústria cinematográfica pode ser uma aliada, pois tem muita influência sobre uma sociedade, principalmente sobre os adolescentes que ainda estão firmando suas opiniões. Mas essa influência não é só positiva, ela às vezes é negativa, pois infelizmente ainda é possível ver muita reafirmação de estereótipos nas telonas.

“Insatiable” foi criticada e dividiu opiniões antes mesmo do lançamento.

O caso mais recente foi a nova série da Netflix, “Insatiable”. Enquanto o público esperava algo que rompesse os padrões de personagens principais que sempre são magras, a Netflix lançou o famoso clichê “a gordinha feia que emagreceu e ficou bonita”. Calma aí, novamente filmes/séries reforçando a ideia que só mulheres magras são atraentes? Acusada de gordofobia, chegou até a circular uma petição na internet para o cancelamento, o que não aconteceu, mas tem muita gente “boicotando”.

Kurt é o personagem gay afeminado de Glee

Pois é, quando a gente acha que uma emissora/produtora está evoluindo… ela vai lá e cai de novo nos mesmos erros.

Aliás, quantas vezes já vimos em novelas, filmes e séries o famoso amigo gay que é super afeminado? Ou os filmes com casais homossexuais que algum deles sempre acaba morrendo no final ou tendo alguma doença séria?

A negra que é sempre barraqueira, de personalidade forte? Em filmes musicais, tem a voz mais potente, mas sempre é coadjuvante? O negro que só é principal em filmes dramáticos. E o filmes sempre gira em torno da cor da pele. Ele não pode ser simplesmente o principal e a história ter uma temática completamente diferente?

 

Summer é a mulher perfeita e descolada do filme (500) Dias com elas

A latina que sempre tem um cargo baixo (alô Jennifer Lopes de camareira), é extremamente sexy e dança super bem? Ou então o latino que é de uma gangue ou envolvido com drogas.

A mulher dos filmes de romance que é sempre fofa, desastrada e que está sempre esperando o príncipe encantado em sua vida para que tudo melhore e ela seja feliz para sempre. Ou então aquela considerada a “mulher perfeita” que não reclama de nada, é extremamente engraçada, descolada, gosta de games e joga futebol? E ex que sempre é louca e persegue o principal (adicione também o famoso estereótipo de loira, patricinha, rica e malvada – ícone Regina George, que de vilã virou queridinha da internet).

Vários filmes e seriados já reproduziram esses discursos acima, o que faz com que a gente encare até com certa normalidade por causa do costume. Esse é só um reflexo dos preconceitos que ainda existem na industria cinematográfica. Basta lembrar da polêmica que em 2015 nenhum ator/atriz negro foi indicado ao Oscar. E nós sabemos muito bem que não é por falta de talento.

A sociedade, apesar de em passos lentos, está evoluindo e deixando esses padrões para trás. Mas, infelizmente, reproduções de preconceitos ainda estão fincadas no nosso dia a dia e deixamos passar. Porém, esse tipo de discurso não pode ser passado pelas grandes indústrias, afinal, quantas pessoas ali estão envolvidas e que podem notar esses erros? Várias! Isso facilita demais com que se corte esse tipo de discurso. O impacto do cinema e da tv é gigante na sociedade, eles não são responsáveis por fazer toda a mudança, mas precisam se adaptar e agir em prol do avanço e representar isso nos seus produtos.

 

Comentários

Autor