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A genialidade que o dinheiro não compra

Com diversos filmes com orçamentos estratosféricos, a indústria cinematográfica muitas vezes pode nos decepcionar, porém este artigo se trata do algo a mais que a sétima arte possui.

Nos dias de hoje quando falamos de cinema, muitas das pessoas logo pensam nos filmes atuais da grande cena de Hollywood, com orçamentos estratosféricos, equipes gigantescas e elencos repletos de estrelas já conhecidas do cinema internacional. Esse texto, não será sobre esses filmes, mas sim sobre um filme onde a genialidade se sobressaiu perante pequenos orçamentos, mostrando que apesar das dificuldades, é possível fazer arte.

Em 1979 na Austrália era lançado o filme Mad Max, dirigido por George Miller e estrelado por um desconhecido Mel Gibson, o diretor contou com um orçamento total de  400.000 dólares. Com um filme repleto de cenas de ação, porém se privando de cenas absurdas que custariam dinheiro excessivo, Miller conseguiu apresentar um novo mundo ao público e trazer discussões pertinentes sobre a nossa sociedade e a natureza humana. Com o orçamento limitado, Miller e sua equipe conseguiram se sobressair perante todos os problemas e conseguiram uma receita surpreendente de 100 milhões de dólares.

George Miller deixou claro que o cinema é muito mais do que dinheiro. A paixão dele pelo cinema, alinhada com a sua genialidade, foi responsável por uma nova forma de se fazer filme. Ele fundou um estilo de filme pós apocalíptico e mostrou ao mundo que sempre existe algo a mais para ser explorado dentro da sétima arte e que existem muitos talentos desconhecidos espalhados pelo mundo.

No fim das contas temos várias outras produções que lucraram muito com pouco, como Atividade Paranormal ($15,000/ $193.4 milhões), Halloween ($ 325,000/ $ 70 milhões) e A Noite dos Mortos-Vivos ($114.000/$30 milhões), porém usando Mad Max como exemplo, podemos chegar à conclusão de que apesar dos diversos problemas que a indústria cinematográfica possui, ainda assim podemos acreditar que o cinema é muito maior que isso. Miller era um médico, que usou suas experiências de vida e seu amor pela arte para criar o Mad Max. Nós somos um alguém hoje, mas não podemos deixar que nada nos limite de acreditar naquilo que amamos e sonhamos em fazer. Além de amar o cinema, nós podemos fazer cinema.

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