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Cinecom marca presença no Expocom 2023 

 Quantas histórias cabem dentro de um telão?

São 18h. Tarde de domingo com os pesares do frio, especialmente naquele 5 de junho. No gramado das Quatro Pilastras, entrada principal da Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais, um grupo de alunos estende uma grande lona no chão. Durante a ação, chega uma kombi. Dela, saltam duas pessoas que se unem ao grupo, estendendo cabos e fios, aqui e acolá. A lona, então, começa a ganhar forma, e se ergue, uma inflável e impressionante estrutura, em direção aos céus. O grupo de pessoas, pequenas em relação a aquela coisa corre, se apressa, amarra cordas em todos os lugares. E, se por um momento parecia que aquele objeto inflável ia tombar, agora é certeza de que está fixo. É o telão do Cinecom, firme e forte, pronto para exibir, em breve, mais um filme. […]

Frequentadores das nossas sessões, vocês devem estar familiarizados com essa sequência de eventos, sim?! Leitores ávidos dos nossos textos Por Dentro do Cinecom também. Mas, na sexta-feira do dia dois de junho de 2023, foi a vez da federal fluminense e estudantes de comunicação de todo o Sudeste conhecerem mais da magia Cinecom.

Primeiro Ato: Paulo Gustavo

Stela Maris, Lenith, Gustavo Bossolane, Math Scato, Pedro Didico, Camila Leão, Sandro Filho e Bia Carnelós entram em cena, estão dentro de um ônibus em uma viagem de mais de sete horas rumo a Niterói.

Lanchinhos e muita várzea. O ônibus quebra, mas conseguimos um outro ônibus em menos de uma hora e, então, a várzea retorna e junto dela, algumas conversas sobre expectativas. “Quais são os outros projetos na nossa categoria? E na categoria do *Cartão Vermelho*?” “Quais são as chances da gente ganhar?(análise)” “Wesley Safadão é flamenguista????”

Chegamos no Rio em horário de pico, decidindo como iríamos nos dividir, onde pegar o Uber, tudo na correria e em meio ao caos. Um frenetismo pouco característico de Viçosa. Mas no final sempre dá tudo certo e, meia hora depois, já estávamos atravessando a movimentada e belíssima Ponte Rio – Niterói, apreciando a paisagem portuária como bons mineirinhos ( +2 paulistas) que somos. E logo as ideias para começar a explorar a cidade sorriso com o pé direito começaram a surgir. Já era de noite, passeios turísticos tradicionais eram inviáveis e estariam indisponíveis, mas as ruas são públicas. E, uma em especial, é também um ‘ponto turístico’ recente muito especial da cidade: a rua Ator Paulo Gustavo.

Comendo fast food, tirando fotos de turistas e passeando pela orla, começamos a jornada já encantados com a cidade, com planos feitos para a manhã seguinte – do primeiro dia oficial de evento – e preparados para o que o congresso tinha a nos oferecer. 

Segundo Ato: Expocom Sudeste 2023

Quinta-feira, dia primeiro de junho, primeiro dia de evento. Entram em cena todos os protagonistas abestalhados com a Baía da Guanabara. 

Às dez da manhã, lá estávamos no campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde, para dentro dos portões, passamos pela orla com a vista privilegiada da famosa Baía de Guanabara. O painel esvoaçante, para registrar nossa presença, foi nossa primeira parada do evento – além da orla, é claro – e, logo depois, já partimos para mesa de abertura inspiradora a editora do jornal Em Pauta da GloboNews, Camila Tonin. O evento já começou com convidados impressionantes e esse nem foi o “carro chefe”, viu?!

Cada um vem de um contexto e vai receber palestras, apresentações, mesas redondas – enfim, os eventos que compõe um congresso acadêmico – de uma forma, mas um consenso era claro entre nós: que revigorante é poder participar de discussões sobre comunicação, sobre críticas, correntes diferentes, os desafios … São conversas que muitas vezes ficam perdidas em salas de aulas ou em rodas de conversas entre amigos. Nessa ocasião, tivemos a perspectiva de acadêmicos, de profissionais consolidados e, talvez o mais especial, de profissionais em formação, assim como nós.

Foi reconfortante ver desafios semelhantes, nos identificar com os perrengues e ver potencial nos comunicadores que estamos nos tornando. Somos partes de algo maior, e o caminho é difícil para muitos, quase todos, mas a luta vale a pena e, no final, ‘tamo aí, né, pô; pequenas vitórias, andando sempre pra frente’. Lema da faculdade e lema para vida!

De tarde, o foco era o ‘projeto dos menin’ (mineirês proposital). Segunda vez que cito o projeto aqui, hora de explicar: Cartão Vermelho é o nome do rádio documentário produzido para disciplina de Rádio do jornalismo UFV. Coincidentemente, alguns dos nossos colegas de curso que fizeram esse trabalho também são cinemigos! Lá na frente da sala, em frente aos slides, a figurinha marcada já do Cinecom, Pedro Didico (aquele cara das piadinhas do Tomada 1) dava show de carisma, engajando a galera da salinha igual nas sessões das 4 pilastras.

Falando de forma muito (mais) pessoal agora, foi incrível prestigiar a apresentação, escutar as vozes e ver o ‘trampo’ monstro que essa galera mostrou para aquela sala lotada. Nesse momento, fui grata estar nesse projeto e ter conhecido essas pessoas, além de sentir muito orgulho da oportunidade de grande projeção que eles estavam tendo. Logo, logo, seria a vez do Cinecom!

Créditos: Sandro Filho

Gustavo, Lenith, Didico, Math e Sandro, além da galerinha por trás desse trabalho incrível que não pode estar presente: parabéns, vocês são gigantes!

Sexta Feira, dia dois de junho, segundo dia de evento. Hora de servir ‘feche’ congressista.

 Às 8:45h era a apresentação tão esperada no Cinecom. Entre a correria e organização no apartamento até a hora do ‘show’, conversamos e tentamos apoiar/ajudar ao máximo nossa apresentadora representante, Stela Maris (!! <3), além de conhecermos mais pessoas: batemos papo com uma galera de Uberlândia, conhecemos outra galera que desenvolveu uma curta de animação incrível e, sobretudo, vimos nosso xodózinho sendo espalhado pelo Sudeste. 

Stela abriu a apresentação de slide e soltou a letra, do jeito Cinecom de fazer as coisas.

São 18h. Tarde de domingo com os pesares do frio, especialmente naquele 5 de junho. No gramado das Quatro Pilastras, entrada principal da Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais, um grupo de alunos estende uma grande lona no chão.

Durante a ação, chega uma kombi. Dela, saltam duas pessoas que se unem ao grupo, estendendo cabos e fios, aqui e acolá. A lona, então, começa a ganhar forma, e se ergue, uma inflável e impressionante estrutura, em direção aos céus. O grupo de pessoas, pequenas em relação a aquela coisa corre, se apressa, amarra cordas em todos os lugares. E, se por um momento parecia que aquele objeto inflável ia tombar, agora é certeza de que está fixo. É o telão do Cinecom, firme e forte, pronto para exibir, em breve, mais um filme. 

Alguém liga o projetor em frente ao telão, e coloca uma playlist no spotify. A trilha sonora do longa “Você nem imagina” começa a tocar. E, aos poucos, chega o público. Jovens, crianças e adultos, de toda a parte de viçosa, estão ali para assistir à sessão especial de Dia dos Namorados (com perdão à data antecipada), e conhecer o doce e sensível romance LGBTQIA+ dirigido por Alice Wu.

Fotos de sessões especiais como a de Você Nem Imagina (quem lembra?) e Nasce Uma Estrela. Registros de marcos da história do projeto como a sessão de Medida Provisória e Marte Um. Representações fotográficas de todo o nosso trabalho e nossas conquistas, conseguindo tanto mesmo numa cidade de interior, predominantemente rural, em que o cinema em sua totalidade, e diversidade, quase não chega. São nesses momentos em que paramos para de fato enxergar o quão longe chegamos, além de toda a inspiração para buscarmos cada vez mais, fazendo jus a todo o potencial que temos e à importância do nosso propósito.

Créditos: Bia Carnelós e Camila Leão

Terceiro Ato: Praia, Sônia Bridi e Propósito

Ainda na sexta, dia dois de junho, segundo dia de evento: deu praia! Sobe trilha sonora; Alexa, toca Só Depois do Grupo Revelação

Seguimos o combinado da quinta à noite: “Não vamos deixar de aproveitar a cidade, temos pouco tempo e muito o que ver“. Fomos para a Praia de Camboinhas. Quem diria que o momento de relaxamento renderia tantas conversas importantes, tantas trocas profissionais/acadêmicas mesmo e, inclusive, o pretexto para o que você está lendo agora? Pois é, eu diria! O pessoal da comunicação é meio assim mesmo; esse povo da COM… 

Enfim, desde o Uber que rachamos para chegar na praia começaram as conversas que, sem percebermos, foram nossa forma de processar tudo que experienciamos de novo ou de empolgante durante tão pouco tempo. Comparando nossa realidade com a de algumas outras facul’s, absorvendo os projetos que foram apresentados, a energia de pai de menina do coordenador … as coisas mais relevantes!

Já em Camboinhas, mais dessas conversas, desta vez com o grupo todo, vieram à tona de maneira muito natural. Estávamos descansando; aproveitando o mar, tomando caldos das ondas, fazendo mídias … mas nossas trocas, comentários do evento e de tudo que foi apresentado, vinham de um lugar muito orgânico: todos estavam processando as impressões de poder viver esse privilégio de sermos congressistas em Niterói por três dias.

E não dá para negar: às vezes, as comparações com outros projetos faziam bater uma bad. Mas nessas mesmas conversas em que compartilhamos frustrações, também finalizamos num tom mais positivo. Esses perrengues que a gente passa, que outros parecem não enfrentar – pelo menos não na mesma intensidade – ensinam demais, deixam a gente ‘casca grossa’; comunicadores, e pessoas, mais resilientes.

Créditos: Bia Carnelós

Sábado, dia três de junho, último dia de evento. O começo do fim. 

Às 10 da manhã, mais uma vez reunidos com todos os congressistas para a mesa de fechamento. Dessa vez, o “auditório” era o cinema próprio do Centro de Artes e Comunicação da UFF (chorando em ‘ufviano‘). Os cinemigos estavam em casa! E para complementar, ninguém mais, ninguém menos do que Sônia Bridi foi a convidada para fechar o evento com chave de ouro.

Mais uma vez, o evento trouxe aquela sensação boa de estar entre “a sua galera”, pessoas da área que compartilham tanto daquilo que às vezes parece que só você passa. Vimos as histórias incríveis de Bridi ao redor do globo com sua carreira fantástica de repórter. Foram muitos relatos que tocaram o coração, que levaram desde o riso até o choro, que colocaram o brilho de volta nos olhos de estudantes, mestrando e professores – muitas vezes roubados desse encantamento pelo descaso – e, sobretudo, que tornaram visível propósitos de vida.

Créditos: Bia Carnelós

Aliás, da premiação – o último momento oficial do evento – não saímos vitoriosos. Mas, sem dúvidas, já ganhamos muito, mais do que podíamos imaginar. Obrigada a todos que fizeram parte da história do Cinecom e que tornaram possível tantos momentos especiais como esse. Seguimos mais inspirados e mais animados do que nunca para continuar levando a sétima arte para todes, buscando agregar sempre entendendo que “cinema é o que ocorre dentro e fora das telonas”. 

Cinema para todes , com muito propósito e carinho. Nosso mote sempre!

Créditos: manin do congresso (??)

Luzes off, fecham-se as cortinas. Até a próxima!

Esse texto foi escrito enquanto a autora escutava:

Só Depois – Grupo Revelação

Barcelona – Pk, L7nonn

Meu Lugar – Arlindo Cruz

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