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Crítica: A Barraca do Beijo 2

Uma sequência do amado primeiro filme, será que pode ser vista como uma boa descendente?

O enredo continua leve, divertido e cheio de personalidade ao mostrar a independência de Elle (Joey King), que tenta ao máximo se ocupar para não sufocar ou perturbar seu namorado à distância, o famoso Noah Flynn (Jacob Elordi); porém, mesmo que apresente elementos saudáveis, bons momentos e risadas, a obra passa um sentimento gigantesco de: muito drama para o desenvolvimento. Mais da metade dos problemas seriam resolvidos com um diálogo sincero e na confiança entre amigos, porém, isso se encaixa perfeitamente no contexto vivido pelos personagens, afinal, o começo da vida adulta se baseia na construção de caminhos com escolhas que acompanham o amadurecimento do indivíduo,

Os roteiristas pecaram em introduzir duas pessoas como simples objetos para causar discórdia na relação dos protagonistas, Marco (Taylor Zakhar Perez) merecia um aprofundamento muito maior, com todos os seus talentos e carisma, do que somente ser um passatempo para os hormônios adolescentes confusos proporcionados pela insegurança de Elle quanto ao romance com Noah. A personagem de Meganne Young (Rachel) tinha uma história de fundo, aparentemente, muito interessante e foi retratada como uma mulher com zero noção de privacidade alheia, a história do brinco foi mal feita e deixou a desejar; mas a salvação da mesma se encontra no fato dela em momento nenhum incentivar rivalidade feminina, sendo um exemplo claro de que a ameaça de perda do interesse romântico estava o tempo todo apenas na mente da principal.

Ao longo do filme, a evolução de diversos personagens é perceptível e leva o público a acompanhar o amadurecimento das relações, atitudes e medos dos mesmo, trazendo a sensação de proximidade e identificação com a proposta de lição de vida do clichê adolescente. Tal mensagem é passada de maneira extrovertida, com muitas cenas curtas com momentos significativos, muito foco na trilha sonora e exploração das emoções implícitas em cada situação, tirando o fôlego de quem conseguiu imergir na história e aproveitar cada momento.

Observação não muito importante, mas necessária: triângulos amorosos são péssimos, diga um que foi bem trabalhado nas emoções de todos os componentes e ganhe um unicórnio.

 

 

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