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Crítica: A Última Carta de Amor

Duas épocas diferentes, um amor proibido e um reencontro emocionante. A produção perfeita para os amantes de romance!

Cartas mexem com o imaginário e o coração dos telespectadores, prova disso é o sucesso de Cartas para Julieta, a trilogia Para todos os garotos que já amei e o recente sucesso da netflix, A última carta de amor

Baseado no livro homônimo de Jojo Moyes, a produção de Augustine Frizzell acompanha, entre passado e presente, a vida de Jennifer Stirling (Shailene Woodley) que, após um grave acidente, acorda sem memória nos anos 60. Em determinado momento ela encontra correspondências amorosas que trocava com o misterioso “B” (Callum Turner). No futuro, a jornalista Ellie Haworth (Felicity Jones) encontra essas cartas e se aventura em busca dos amantes e de desvendar esse romance secreto enquanto lida com seus próprios conflitos. 

O enredo abusa dos clichês e, mesmo sem muita originalidade, consegue se fazer interessante e prender a atenção do telespectador até o fim. Queremos saber, ao mesmo tempo, como se desenvolveu o romance entre Jennifer e Anthony no passado, o que acontecerá com eles no presente e, ainda, o que ocorrerá com Ellie.  A obra, que tem 60% de aprovação da crítica e 70% do público no Rotten Tomatoes, investe bastante na estética. Existe todo um trabalho estético que identifica cada época retratada, desde figurinos aos cenários e ambientes. 

Os personagens da obra são muito reais. Sempre digo que aqueles personagens muito certinhos não conseguem ganhar nossos corações, somos todos imperfeitos e ver a imperfeição na tela faz com que nos identifiquemos com os personagens. E é exatamente isso que o filme mostra! Ademais, se esse filme tem um ponto forte, com certeza é a escalação dos atores. Além de todos realizarem seus papéis genialmente, a química entre Shailene Woodley e Callum Turner é incontestável. 

Em relação a trama principal, percebe-se que esta é carregada de elementos que despertam a nossa fascinação. Romance proibido? Amamos! Um casal fofo que se comunica através de cartas e assinam com um pseudônimo? Temos! Os cenários de sonhos, os figurinos deslumbrantes, o impedimento do final feliz e o reencontro emocionante são as outras características que compõem esse núcleo e nos fazem mergulhar de vez na história. 

Por outro lado, temos Ellie, a jornalista que encontra as cartas anos depois e une a história do passado à sua própria. Com problemas para se relacionar após um término traumático, ela se conecta ao charmoso Rory McCallan (Nabhaan Rizwan) enquanto buscam pelas cartas. Existe química entre os atores, contudo, a produção força e apressa a história do casal, o que deixa de ser algo natural. 

O que mais chama a atenção em Ellie, entretanto, não é seu romance pouco desenvolvido com Rory. Ela se destaca por sua perspicácia em busca dos amantes. Sem nomes nas cartas, endereços ou quaisquer informações relevantes, ela consegue por meio de sua audácia fazer com que os protagonistas revelem mais acerca um do outro e assim ela logra encontrá-los.  

O filme acerta, e muito, na ambientação, na escalação dos atores e, especialmente, em nos deixar com o coração quentinho! Com duas mulheres fortes e inteligentes, ele nos entrega uma história intrigante, apaixonante e cheia dos clichês que mais amamos. A última história de amor é uma obra que, apesar de alguns pequenos deslizes, cumpre seu propósito e traz felicidade e esperança a nossos corações.

Ainda tem dúvidas? Então confere o trailer e vá logo assistir!

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