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Crítica: Demon Slayer – 1° Temporada

Um mundo de fantasia com muita ação e que consegue provocar um misto de sensações em todos que o assistem

Baseado no mangá homônimo, escrito e ilustrado por Koyoharu Gotōge, Demon Slayer (Kimetsu no Yaiba, no título original), é um anime ambientado no Japão do início do século XX. Sua história gira em torno de Tanjiro Kamado, um jovem garoto que vive com sua mãe e seus cinco irmãos no alto de um monte, ganhando dinheiro com a venda de carvão, assim como seu falecido pai o fazia. Certo dia ao voltar para casa, Tanjiro encontra uma cena de horror, toda sua família havia sido assassinada por onis – demônios devoradores de humanos – sendo Nezuko, uma de suas irmãs, a única sobrevivente do massacre. Após descobrir que sua irmã tinha se tornado um oni, porém com emoções e pensamentos humanos, Tanjiro se torna um caçador de demônios, para evitar que outras famílias passem pela mesma situação que ele, e buscar uma cura para Nezuko.

Com uma narrativa extremamente viciante e intrigante, o anime, produzido pelo estúdio Unfotable desde 2019, conquistou fãs ao redor do mundo inteiro, batendo recordes de audiência dos Estados Unidos ao próprio Japão. O Enredo de sua primeira temporada é dividido em 5 arcos, que narram desde o primeiro treino como matador de demônios até a aventura mais complicada do momento. A história da temporada tem seu ponto alto no penúltimo arco, tanto por ser o primeiro a juntar seus personagens principais para trabalharem juntos, quanto por ser o mais complexo e profundo, nos mostrando mais sobre seu mundo fantástico e expondo suas melhores lutas. Além disso, a produção consegue mesclar muito bem os gêneros de ação, drama e comédia, que é enriquecida com ótimas histórias secundárias, o que demonstra um enredo bem analisado, fluido e bem desenvolvido.

Outro ponto importante que deve ser comentado, é a ilustração na sua forma mais propriamente dita. Boa parte da notoriedade que obra recebe é pela sua qualidade técnica. A produção é considerada um espetáculo visual, por seus traços refinados, bem trabalhados e únicos, e aqui as cenas de luta ganham mais destaque ainda. É evidente que todo o trabalho foi desenvolvido para realçar, da melhor forma possível, as emoções de cada personagem em suas batalhas. E a animação marcante da liberação de poderes, nos faz enxergar uma arte viva e potencializa a imersão durante as cenas.

Ao que tange seus personagens secundários, um bom trabalho também foi feito. Sejam eles do bem ou do mal, souberam explorar seus pontos cruciais, adicionando camadas de complexidades que serão combinadas e explicadas nas suas futuras continuações, provocando assim a curiosidade dos expectadores. Toda simbologia japonesa empregada na trama faz com que o universo se expanda a cada episódio, dando ganchos para introduzir bem os espadachins mais fortes e seus vilões mais substanciais.    

Para completar, a trilha e efeitos sonoros são tão marcantes que chega a ser quase impossível pular sua abertura e não reproduzir os sons de shamisen –instrumento tradicional japonês – das cenas curtas que aluviam o início e o fim do intervalo. Definitivamente é uma produção divertida e emocionante de se acompanhar e apesar do anime não inovar muito, ele acaba englobando tudo que há de bom do gênero shounen, entregando uma animação consistente do inicio ao fim.   

A animação já conta com uma temporada de 26 episódios e um filme. Sua segunda temporada está prevista para ser lançada no final de 2021.

AMV com algumas cenas da sua primeira temporada.

Nota do anime:

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