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Crítica | First Kill

O clichê sáfico que conquistou o público LGBTQ+

Jovens, vampiros, caçadores, bruxas e monstros. São muitas as séries que possuem essa mesma fórmula e fizeram grande sucesso durante a década de 2010. Então, qual a diferença de First Kill para essas? Independente das criaturas que apareçam na telinha, uma coisa é certa: uma série teen com altas doses de romance e mistério sobrenatural é sempre bem-vinda! A produção em questão acompanha Juliette, uma jovem vampira que está prestes a passar por sua iniciação no mundo dos mordedores de pescoço, e Calliope, uma jovem caçadora que está, também, a espera de sua iniciação para conseguir o respeito de seu clã, ambas iniciações são concluídas com a primeira morte.  Entretanto, por ironia do destino, elas se apaixonam e, infelizmente, foram designadas a matar uma a outra. No meio desse turbilhão, antigos vilões e monstros retornam a pequena cidade de Savannah, fazendo a vida de ambas virar de cabeça para baixo.

Voltando a pergunta do início, afinal, o que First Kill tem de diferente de outras produções que possuem esse mesmo roteiro clichê? E eu te respondo: a representatividade. A divulgação da série original Netflix focou bastante no fato de termos dentro dessa temática, personagens principais e a formação de um casal lésbico. Assim como divulgado, a série cumpriu, tratando de forma natural e representativa, assim como deveria ser em outras produções que buscam abordar o tema LGBTQ+. First Kill, com seu roteiro bem água com açúcar, conquista a audiência justamente por saber representar de maneira genuína, e não erotizada, o casal principal, além de trazer diversas personagens femininas bem fortes por si só. Por mais que não tenhamos uma narrativa digna de Emmy, souberam desenvolver o cast principal e também seus personagens secundários, que em alguns momentos acabam roubando a cena.

First Kill. (L to R) Sarah Catherine Hook as Juliette, Imani Lewis as Calliope in episode 101 of First Kill. Cr. Courtesy Of Netflix © 2022

Já em relação às atuações, são boas de maneira geral, tendo seus pontos altos com a atriz Elizabeth Mitchell, que interpreta Margot, a mãe de Juliette. A química não só dos casais, como também de todo elenco é nítida, o que faz a audiência se sentir mais próxima e imergir dentro da história. Eu, particularmente, acabei maratonando todos os 10 episódios em um dia. Agora, quando falamos de efeitos especiais, infelizmente a série peca muito. Com o CGI horrível de seus monstros e sangues nitidamente falsos, podemos comparar a qualidade trágica com Teen Wolf, que em suas primeiras temporadas ficou famosa justamente pelo baixo orçamento dedicado a área.

Por fim, a série se mostra uma produção muito legal de ser assistida. Seus pontos baixos não deixam ofuscar o potencial que pode ter, se investimentos forem feitos. O coração fica quentinho com Calliope e Juliette e o entretenimento é garantido para quem quer só acompanhar mais um clichê.

Confira abaixo o trailer:

Nota:

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