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Crítica: Missão Presente de Natal

Um casal de opostos que amamos ver juntos e todos os clichês de natal em um ambiente pra lá de “diferente” é o que te espera no novo filme de natal da Netflix

Ainda estamos no começo de novembro, mas isso não parece ser um grande empecilho para a Netflix que já deu a largada em uma maratona de filmes natalinos, com uma lista de títulos que incluem Amor com Hora Marcada, Crônicas de Natal 2 e até mesmo o segundo filme de A princesa e a plebeia, intitulado A princesa e a plebeia – Nova aventura (pelo qual estamos ansiosíssimos por aqui). Mas enquanto aguardamos o dia de estreia dos demais, vamos falar sobre um que foi recentemente lançado pelo serviço de streaming e que também não deixa a desejar: Missão Presente de Natal.

O longa dirigido por Martin Wood e estrelado pelos maravilhosos Kat Graham (The Vampire Diaries) e Alexander Ludwig (Vikings) traz a famosa mistura de comédia romântica e clichês natalinos que a maioria do público tanto ama. Na trama, acompanhamos Erica Miller (Kat Graham) que é a assistente de uma deputada e vê em uma missão na base áerea do Pacífico a oportunidade de uma tão sonhada promoção. O grande problema, ao que parece, é que a base anda gastando muito dinheiro com atividades não relacionadas às forças armadas e o governo americano deseja cortar esses gastos. Assim, o que Erica precisa fazer é avaliar e encontrar motivos para fechar a base. É claro, que, de olho na ascensão, a assistente procurará esses motivos com o maior afinco possível, entretanto, alguém parece querer complicar essa tarefa. O Capitão Andrew Jantz (Alexander Ludwig) é o galã charmoso, bondoso e carismático que fica encarregado de ser o guia de Erica. Ele explica para a burocrata sobre um projeto que há anos entrega presentes e suprimentos, de paraquedas, para os moradores das ilhas vizinhas e tenta convencê-la da importância deste e de que a vida é bem mais do simples estatísticas, planilhas e salários.

Kat e Alexander formam uma boa dupla na tela e, apesar de não terem uma química avassaladora, os dois atores conseguem arrancar alguns suspiros dos amantes do gênero romântico. Ao mesmo tempo, a química medida não se mostra tão importante, já que o próprio filme foca mais no espírito natalino, incluindo decorações, tradições e até diálogos inteiros relacionados a isso, do que no romance propriamente dito. E, há quem diga, que com dois protagonistas tão bonitos em cena é difícil prestar atenção nos demais detalhes. 

Alguns pontos interessantes que podem aumentar sua vontade de assistir Missão Presente de Natal 

  1. O nome do filme e a trama são inspirados numa verdadeira missão que acontece no Departamento de Defesa dos Estados Unidos desde 1952 e toda a questão humanitária entrelaçada à história ajuda a despertar em nós o espírito de bondade e amor das festividades de fim de ano; por mais que, nem sempre, o filme trate isso de forma tão profunda quanto deveria;
  2. Por mais que seja rodeado de todos os clichês natalinos (do melhor jeito possível), Missão Presente de Natal, traz os encantos de um natal longe da neve. O filme se passa nas terras tropicais da Micronésia e junto às belíssimas paisagens de praias, o longa presenteia com um leve gostinho de identificação países como o Brasil, que nunca viram o Papai Noel chegar em um trenó;
  3. O filme conta com um elenco bem representativo (para os tristes padrões de produções cinematográficas), nós temos uma atriz principal negra, o que é bem raro em comédias românticas e romances em geral, e também outros personagens que são interpretados por incríveis artistas de cor como Xavier de Guzman (The 100), Trezzo Mahoro (Para Todos os Garotos que Já Amei), Bethany Brown (The 100), Jeff Joseph (Supernatural, Law & Order), mas que, infelizmente, não recebem tanto desenvolvimento, já que, observa-se, o filme é inteiramente focado no casal principal.
  4. Por último, mas não menos importante, Missão Presente de Natal segue a fórmula das novas comédias românticas, trazendo a protagonista feminina num patamar mais alto ou equivalente ao do protagonista. Sem contar, que enquanto temos uma “mocinha” analista e preocupada com números, recebemos um “galã” atencioso e humanitário, características que geralmente eram opostas nos clássicos mais antigos. 

Assim, levando em consideração todos os aspectos, o filme se mostra uma boa escolha se você é do tipo que realmente gosta de uma trama leve, em que se sabe o que vai acontecer e não é preciso se preocupar muito. Bem, para mim, isso parece o tipo exato de entretenimento para se buscar, já que, levando em consideração o cenário atual, já andamos nos preocupando demais com a vida real.

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