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(Reprodução: IMDb)

Crítica: The Perfection 

A busca pela perfeição em uma narrativa contada a partir de capítulos, e imprevisível ao ponto de te fazer duvidar do que sabe

O filme da Netflix, dirigido por Richard Shepard, conta a história de um prodígio do violoncelo a partir de um caso de suspense. The perfection, que teve sua estreia em 2018 no Fantastic Fest, festival de filmes que ocorre em Austin no Texas, e liberado na Netflix em maio de 2019, nos dá um longa repleto de plots twists com Allison Williams, Logan Browning, e Steven Weber no elenco. É importante ressaltar que a obra pode provocar algum tipo de gatilho por conter cenas, mesmo que não explícitas, de abuso sexual.

A trama que é repleta de arranjos musicais de Bach, Mozart, e outros clássicos, se passa ao redor da musicista, Charlotte (Allison Williams), que interrompe os estudos para cuidar da mãe, e depois de anos reencontra seus ex mentores e a estrela atual da Academia Bachoff, Lizzie (Logan Browning). A partir daí, ocorre um affair entre as duas – o que é bem interessante por se tratar de um casal interracial e sem o clichê de sempre estar voltado a heterossexualidade – e ambas embarcam em uma viagem para aproveitar um período de folga.

(Reprodução: Internet)

The perfection é o tipo de filme que muda sua percepção sobre a história em questão de segundos. Porém, assistindo pela segunda vez, é possível já perceber indícios de alguns dos plots que vão acontecer durante o percurso. No quesito atuação, podemos dizer que é muito boa e bastante satisfatória, inclusive quando se trata de manipulação de sentidos, um exemplo disso é, pra quem não se lembra, a performance de Allison Williams em Get Out (Corra!). O que também não nos desaponta, são os cortes e focos de câmera, além da fotografia e iluminação, que a primeira vista podem passar apenas uma impressão de longa bem produzido, mas, em um segundo momento, sendo possível perceber a importância desses detalhes na contribuição do transpasse do sentimento pretendido. 

Dessa forma, colaborando para nos dar uma narrativa de suspense com uma pegada mais “clean” – comparada as que utilizam de pouca iluminação e possuem um caráter mais próximo ao terror – deixando as emoções serem tendenciadas ao lado mais ansioso do público. Contudo, apesar de ocorrer em poucas partes do filme, para as pessoas que acompanham e gostam do gênero, o mesmo pode deixar a desejar no quesito “realidade” quando se tratam dos efeitos especiais, dando enfase em cenas com sangue e insetos, o que pode acabar por gerar uma superficialidade, no entanto, nada que seja considerado muito grave.

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