A continuação do filme do simbionte mais popular do planeta é um sucesso inegável de bilheteria, mas será que ele é bom mesmo?
Quando o primeiro filme do simbionte estrelado por Tom Hardy superou a marca dos US$850 milhões em bilheteria em 2018, os pedidos dos fãs por uma sequência começaram quase que instantaneamente. Leia-se atentamente quando eu digo fãs, afinal, com uma aprovação da crítica de apenas 30% no Rotten Tomatoes, o longa foi um sucesso apenas entre uma parte da audiência. Mas e a sequência, será que ela conquistou a aprovação da crítica? A minha, não.
Quando entrei na sala de cinema para assistir a Venom – Tempo de Carnificina, eu estava com o olhar totalmente crítico – comprei o ingresso justamente para escrever essa crítica para o blog. Em uma contextualização rápida e sem spoilers do enredo, nós vemos a evolução da relação entre o jornalista Eddie Brock e o simbionte alienígena em uma espécie de dupla de parceiros policiais clássica dos anos 90, mas de uma forma que beira ao ridículo. O filme não apenas aceita ser ridículo, ele quer ser ridículo, e, nessa parte, a obra do diretor Andy Serkis possui os seus méritos. Venom inclusive me arrancou algumas risadas em certos momentos. Porém, esses instantes de humor não chegam nem perto de apagarem os problemas do filme.
Se me pedirem para resumir o longa em apenas três palavras, a melhor expressão que eu encontraria seria “uma bagunça caótica”. Uma bagunça nas cenas cheias de informação, em que, por muitos momentos, eu não soube nem para onde olhar ou quem escutar; uma bagunça na relação entre o humano e o simbionte (algo que facilmente seria resolvido com uma terapia de casal); e, por fim, uma bagunça em tudo a que o longa se propõe, desde o vilão esquecível até às personagens secundárias sem muita utilidade.
O enredo de Venom – Tempo de Carnificina é fraco, os plots são óbvios para todos que já viram pelo menos dois ou três filmes de super heróis. A trama é extremamente rasa e com soluções muito simples para um personagem tão popular, com tanto potencial.
É uma história que passa de uma forma muito rápida, sim. Mas isso não é um elogio. O filme passa rapidamente por ser uma correria, sem preocupações no aprofundamento de seus personagens ou na própria mitologia da história. Talvez alguns minutos a mais de duração pudessem ter tornado os diálogos melhores e as soluções mais elaboradas, mas isso é algo que ficará apenas no nosso imaginário.
Resumindo: Venom – Tempo de Carnificina é um filme que irá te fazer rir da relação conturbada entre Eddie Brock e seu parceiro simbionte, mas que se você olhar de forma minimamente crítica, logo perceberá como ele deixa a desejar – te dá zero vontade de assistir novamente.
Nota:
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