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Da teoria do Big Bang à como ser uma pessoa melhor: uma série que é muito mais do que aparenta ser

O quão importante uma simples sitcom pode ser para que nós repensemos a nossa própria vida?

Você já se identificou com algum personagem? Pode ser por uma visão de mundo parecida, pode ser que vocês passem os mesmos perrengues, e claro, pode ser porque só acha ele legal mesmo. 

Sheldon, Leonard, Howard e Rajesh são apenas amigos normais, com suas peculiaridades e jornadas únicas. Amantes do mundo nerd e apaixonados pela ciência. Esses personagens servem para quebrar estereótipos e incentivar muita gente que os assiste que seus sonhos são válidos, que podem ter ótimas carreiras e moldarem uma família. Quando as personagens Amy e Bernadette entram na série isso aumenta, mostra que essa área também é “coisa de mulher” e deixam bem claro que podem sim ser muito bem sucedidas. Afinal, elas ganham mais que seus maridos.

Ao longo dos 12 anos de The Big Bang Theory a gente acompanha a evolução dos personagens como pessoas e a amizade deles que fica cada vez mais forte, mesmo com muitas (e põe muitas nisso) brigas no meio do caminho. Leonard, após anos e anos tentando, conseguiu se casar com a mulher de seus sonhos, Penny. Howard conheceu Bernie com quem teve dois filhos lindos. Já o Sheldon, meio que na livre e espontânea pressão, conheceu Amy, amor de sua vida com quem até ganhou um Prêmio Nobel. 

Reprodução: The Big Bang Theory (2007-2019)

Sheldon definitivamente é o mais “diferente” dos quatro amigos principais. Quando criança dizia que nunca iria se casar, na vida adulta ninguém sabia qual era a “parada” dele. Sempre foi uma pessoa bem difícil de lidar, indo de contrato de colegas de quarto até o fato de que ninguém pode sentar no seu lugar. Mas, do jeito dele, sempre foi um amigo que se preocupava com o próximo, toda vez que alguém estava triste, ele servia uma bebida quente. 

Meio que por acidente, no dia do seu casamento, juntamente com Amy ele descobre a super assimetria, o que após anos e anos de tentativas e viagens ao Polo Norte lhes rendeu um Prêmio Nobel. Esse título definitivamente o fez melhorar, e muito, como pessoa. O fato de todos os seus amigos terem cogitado não ir assistir Sheldon e Amy receberem o prêmio por atitudes dele o fez repensar e protagonizou uma das cenas mais emocionantes da série. Uma certeza todos os fãs podem ter: Sheldon Lee Cooper nunca mais foi o mesmo após aquela dia, mas certamente se manteve igual.

Outra personagem que é interessante de se analisar é a Penny. Ao longo das temporadas ela é tratada como menos inteligente do que os demais personagens e isso não é verdade. Apesar de não entender absolutamente nada de física, ela é sim, extremamente talentosa e termina o seriado como uma vendedora de medicamentos muitíssimo bem sucedida. A personagem foi de “loira burra” à empreendedora.

Todos os personagens tem as suas individualidades, Leonard é um físico experimental com um QI de “só” 173. Howard é um astronauta que já foi até o espaço (mesmo sem um doutorado) e morou na casa da mãe até depois dos 30 anos. Raj demorou anos até conseguir falar com mulheres e o Sheldon… bom, o Sheldon é o Sheldon. Essas características de cada um os torna únicos, os torna gente como a gente e nos aproxima ainda mais dos personagens. 

Foram 279 episódios de muitas refeições juntos, viagens à Comic-Con frustradas e várias partidas de Dungeons and Dragons. The Big Bang Theory fez história como uma série que trouxe personalidades como Elon Musk, Stephen Hawking, Stan Lee e até o atro do basquete Kareem Abdul-Jabbar. E além disso tudo, a sitcom tem uma enorme contribuição para toda uma geração. Eles dizem que está tudo bem não se sentir confortável em socializar com pessoas diferentes, que não tem nada demais em ser um fã exímio de Star Trek e que não precisa de um QI altíssimo ou de um doutorado para ter uma ótima carreira e vida pessoal.

Tomara que graças à série surja vários Howard’s, Raj’s, Leonard’s e alguns, porém um pouco menos, de Sheldon’s. O mundo seria muito melhor com essa galera entre nós.

Agradecimentos especiais ao meu amigo Kirito que me deu a inspiração para escrever esse texto.

Esse texto foi escrito enquanto eu escutava:

Love Buzz – Nirvana

Bohemian Rhapsody – Queen

Don’t Stop Me Now – Queen

Black – Pearl Jam

Forever – Kiss

Jesus of Suburbia – Green Day

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