Rupaul mostra que o sucesso da season 11 não foi só um golpe de sorte, o reality show está longe de se esgotar.
Estreando no dia 28 de fevereiro de 2020, Rupaul’s Drag Race Season 12 foi um sucesso estrondoso. O reality segue os mesmos modelos básicos de todas as outras temporadas, treze drag queens competem realizando provas eliminatórias semanais para chegar ao patamar de America’s Next Drag Superstar.
Desde seu começo a décima segunda temporada chegou com polêmicas e o que o público viu não era a versão final. Após o fim das gravações Sherry Pie, uma das concorrentes, foi acusada de uma série “condutas sexuais inadequadas”, sendo assim, as pressas, o programa foi reeditado, cortando vários momentos da queen que chegou até a final, mas foi desclassificada. Ao fim de cada episódio uma mensagem dizendo que ela não estaria na grande final e que todos os prêmios em dinheiro que ela ganhou seriam doados para instituições.
No entanto essas edições não fizeram nenhum mal a qualidade dos episódios. O cast impecável compensava toda a falta que algumas aparições fariam. E foi por ele que a season 12 se destacou. Se em temporadas anteriores a produção foi criticada por levar queens de apenas um estilo, geralmente de concurso ou fashion, dessa vez o acerto foi enorme. Camp queens, big girls, clow aesthetic, queens de comédia, high fashion, a season 12 foi uma das mais completas. Isso sem falar da representatividade no geral, o reality que sucessiva vezes peca ao não incluir certas camadas da sociedade (como mulheres trans e cis) começa a abrir portas. Jackie Cox, queen canadense de ascendência iraniana, desfilou usando um hijab e o episódio Makeover (prova clássica em que as participantes transformam outra pessoa em sua própria estética) contou com a presença de fãs mulheres.
A season 12 de Rupaul é uma indicação certeira porque aquece o coração quando trata de temas delicados, nos deixam torcendo por nossas queens favoritas, traz de volta antigas participantes lendárias e sucinta discussões muito pertinentes.
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