O longa não apenas ganhou 6 das 10 indicações ao Oscar, como também foi descrito pela Forbes como “uma obra-prima do cinema de ação”
Depois de uma narração em off nos apresentando Max Rockatansky (desta vez vivido por Tom Hardy), o protagonista já é capturado por um bando de loucos em carros turbinados e depois é apresentado o mundo onde vivem e a Cidadela governada pelo Senhor da Guerra Immortan Joe. Quando a Imperatriz Furiosa rouba “itens preciosos” de Immortan Joe com sua Máquina de Guerra, Max se vê sugado para o meio dessa fuga como uma das únicas maneiras para continuar sobrevivendo.
Como nos filmes anteriores, Max não é o ponto central da narrativa, ele é apenas a âncora que o diretor utiliza para nos apresentar a ela. Mas isso não nos impede de conhecer a história do personagem através de suas poucas falas e flahsbacks espaçados. E não tem aquela cansativa explicação sobre a mitologia e o mundo pós-apocalíptico como em muitos filmes do gênero. O enredo simples a encaixa nos momentos certos, através dos diálogos dos diversos personagens. Apesar do início confuso, você passa a entender a história e o mundo inserido nela com o decorrer das cenas.
Mad Max: Estrada da Fúria não apenas traz a loucura daquela mitologia, como trata de assuntos importantes e que causam desconforto ao expectador – sistema ditatorial, recursos naturais escassos, escravas sexuais, eugenia social -, ainda que não se prolongue ou aprofunde tais questões. É quando percebemos a narrativa feminista do longa. Max não é o protagonista, apesar de sermos apresentados à história pela visão dele. Furiosa é o personagem central dela e tudo o que ela representa com sua jornada.
Então não apenas o roteiro é simples e fácil de compreender – sem deixá-lo preguiçoso e artificial -, como o elenco foi uma escolha certeira e o diretor George Miller deixou um padrão de qualidade alto para o gênero de ação que será difícil se aproximar – quem dirá superar.