Em meio à enxurrada de produções originais, algumas das promessas da Netflix são filmes históricos
Em um intervalo de pouco mais de um ano, a Netflix produziu e lançou dois filmes épicos de guerra medieval. O Legítimo Rei e O Rei são produções que vem aquecer um gênero de filmes um tanto parado. Essa dupla possui características amadas pelos fãs desse nicho, como a imersão visual do contexto histórico em que se passam. Só que, em contrapartida elas possuem focos individuais, ou seja, acabam se sobressaindo em pontos diferentes.
Começando pelo O Legitimo Rei, que foi lançado primeiro (2018); o longa traz uma parte da história de independência da Escócia no século XIV, contando a história de Robert The Bruce, um dos heróis nacionais do país. O filme é de uma produção visual ótima, com lutas viscerais que carregam a realidade de uma batalha como escrita nos livros de Bernard Cornwell, paisagens lindas das Highlands escocesa e uma ótima imersão visual da época. O filme é um prato cheio para amantes de filmes de guerra e de produções onde as cenas de ação carregam mais peso. Para os devoradores de história medieval (como eu) não vá parar para olhar a veracidade dos acontecimentos, pois em sua maioria bebem muito mais da ficção do que de fatos históricos.
Se você deseja assistir um filme épico, medieval ou de guerra, em um momento que você apenas quer algo não tão complexo para te entreter visualmente, O Legitimo Rei é a minha Cinedicas para tal ocasião.
Já a segunda produção, O Rei, tem os seus argumentos de peso em outras áreas, sem ser a visual. Se tratando da história de Henrique V, um dos grandes reis que já ocupou o trono da Inglaterra, tendo sido também personagem de peças de Shakespeare – essas que possuem muito influência no filme. Esse período histórico se passa em 1410, parte do período da Guerra dos Cem Anos entre Inglaterra e França. O Rei acerta com um roteiro com bastante foco nos seus personagens, tanto o principal interpretado por Timothée Chalamet, ator indicado ao Oscar por Me Chame Pelo Seu Nome, quanto os coadjuvantes, se aproximando mais de um drama histórico. Porém, para não perder o tom épico do longa, ele é finalizado com uma batalha bem-feita e um terceiro ato redondo.
Devido a namorar bastante com o gênero de drama histórica, O Rei é um filme mais complexo e possui mais partes de diálogo e amadurecimento de personagens. Para alguns é considerado um arrastamento. Se o seu desejo é assistir uma obra de ponta sobre a temática medieval, essa é a Cinedicas ideal.
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