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O herói que não era herói

“Pois deve haver sempre, sempre um Zorro. E algum dia, quando ele for necessário, nós o veremos novamente…”

A recomendação de hoje trata-se do filme de um “super-héroi” diferente que chegou às telonas há 22 anos atrás, mas não se engane A Máscara do Zorro (The Mask of Zorro) é uma aventura capaz de prender a sua atenção até mesmo na atualidade. 

Estreado em 17 de julho de 1998, o filme foi um sucesso de bilheteria e arrecadou, na época, US$ 250 milhões, em contrapartida aos US$ 45 milhões gastos para sua produção. A narrativa começa quando, em meados do século XIX, o ousado justiceiro Zorro, que lutava contra a corrupção e tirania do governo espanhol na Califórnia (na época, parte do México) é desmascarado, tem sua esposa morta, sua filha Elena sequestrada e ainda vai preso.  Vinte anos mais tarde, Diego (o Zorro original) descobre que sua filha e o sequestrador estão de volta ao México; ele, então, foge da prisão. É quando encontra Alejandro Murrieta um ladrão que deseja vingar a morte do próprio irmão. Diego o toma como pupilo, a fim de fazer dele o próximo Zorro e, assim, a verdadeira aventura começa. 

Por mostrar ao público a história não de um, mas de dois Zorros, além de oferecer uma obra cinematográfica cheia de ação, romance, bom humor e, principalmente, ótimo elenco com atuações realmente vívidas, A Máscara do Zorro se consagrou como um dos filmes (ou talvez, o filme) mais conhecido sobre o lendário “herói” da letra Z. 

Nesse Cinedicas, Zorro é sempre retratado como um “herói” entre aspas, pois tratava-se, na verdade, de um justiceiro e, dificilmente, andava sob a lei da época. Além disso, diferente do que muito se vê no mundo heroico atual, Zorro nunca lutou contra uma ameaça mundial, sobrenatural; ele sempre esteve ali pelo México, lutando contra algo muito verídico: um governo corrupto que massacrava seu povo.  

Mas apesar de parecer um filme com temas muito sérios, A Máscara do Zorro é muito bem dirigido e, por isso, consegue conciliar sua pegada despretensiosa aos momentos mais diversos: traz com sutileza situações melancólicas como a morte de Esperanza (a esposa do Zorro original); introduz muito bem brincadeiras sutis e piadas; equilibra com precisão cenas de batalhas de espada; além de conseguir acrescentar a tudo isso, uma boa pitada de romance regado a erotismo, por exemplo, na cena de luta entre Elena e o Zorro-Alejandro (considerada uma das mais eróticas da década de 1990). 

Talvez seja porque foi o herói mais presente na minha infância, talvez seja porque eu tinha uma fantasia dele ou porque quebrei o braço pela primeira vez enquanto fingia ser Zorro (isso realmente aconteceu, risos) mas, tenho certeza, que esse longa marcou a memória de muitas pessoas das mais diferentes gerações com seu ritmo eletrizante. Prova disso, são as mais diversas avaliações e lembranças guardadas em várias cabeças de espectadores por aí.  

Para fechar, o site Cinema & Debate, traz em sua crítica a seguinte afirmação: “’A Máscara do Zorro’ prova que não é necessário fazer uma análise profunda de um herói para realizar um bom filme – ainda que estes representem excelentes oportunidades para abordagens mais sérias.” E ainda completa: “Existem diversas maneiras de se contar uma boa história. Para isso, basta que o filme cumpra aquilo que se propõe a fazer. E isto o longa de Campbell faz muito bem.” 

E você, já assistiu a maravilhosa lenda do justiceiro mascarado na Sessão da Tarde ou por qualquer outro meio? (bem, eu ainda tenho os DVDs dele. Risos) Se a resposta for negativa, te garanto que não deveria esperar mais nem um minuto, é só dar um Google e você encontra esse “filmão” por aí. Abaixo, vou deixar o trailer só para te provocar ainda mais! Nos vemos na próxima! 

Aviso: Infelizmente, só encontrei o trailer no idioma original (inglês e sem legendas), mas não deixe de assistir, é possível compreender toda a essência da história mesmo assim. Quanto ao filme completo, não é difícil encontrá-lo.

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