Como já dizia o grupo Revelação, conjunto de pagode , “mais perigoso que bala perdida, só a mulher traída”. Agora, imagine o estrago que três mulheres podem causar?
Por que as mulheres matam (ou Why women kill, no original) criado por Marc Cherry e disponível na Globoplay, conta a história de três mulheres que vivenciam o mesmo problema: a infidelidade no casamento. Ao longo dos 10 episódios somos apresentados a Beth, Simone e Taylor que, além da questão da deslealdade dos parceiros, compartilham a mesma mansão, mas em décadas diferentes, tornando a casa um palco para todas as histórias.
Beth Ann (Ginnifer Goodwin) é a típica esposa perfeita dos anos 60 cujo objetivo de vida é ser dona de casa e cuidar do marido, Robert (Sam Jaeger). Mas tudo muda quando ela descobre, com ajuda da vizinha, que ele tem um relacionamento fora do casamento. Simone Grove (Lucy Liu) é uma socialite dos anos 80 que gosta de dar festas extravagantes e é invejada pelos amigos, contudo sua imagem e reputação ficam em perigo quando ela percebe que o esposo, Karl (Jack Davenport), tem um caso com outro homem. E Taylor (Kirby Howell-Baptiste) é uma advogada de 2019 que vive um relacionamento aberto com o marido, Eli (Reid Scott), mas tem a relação abalada quando uma amante de Taylor passa a viver com o casal.
Sem saber quem matou, quem morreu e como aconteceu, o público tem a missão de montar o quebra cabeça enquanto a série desdobra os conflitos dos três casais. Cada nova informação apresentada leva o telespectador a questionar os crimes e a escolher qual lado apoiar. Contudo, se engana quem pensa que a série é um suspense. Recheada de momentos cômicos, Por que as mulheres matam se mostra uma comédia perfeita para um final de tarde ou para quando você não aguenta mais estudar.
O atrativo da série é a reação de cada uma das protagonistas e como o contexto em que estão inseridas contribui para com que elas lidem com a situação – por exemplo, o forte conservadorismo nos anos 60 e como Beth o contorna. Além disso, a produção brinca com o telespectador, mostrando cenas de simulação em paralelo com as circunstâncias “reais”; e um narrador conversa com o público durante toda a trama, auxiliando não só na resolução do crime, como também convidando-nos a mergulhar na vida das três protagonistas. Se você, assim como eu, tem a facilidade de se sentir imerso na história, vale a pena dar uma conferida.
Mas se você leu até aqui e não se convenceu ainda, te convido a incorporar seu detetive interior e a descobrir por si próprio Por que as mulheres matam. E corre, porque a segunda temporada já está disponível.
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