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Quase 18 retrata a puberdade emocionalmente explosiva de cada um de nós

Se você também gosta de filmes onde adolescentes são simplesmente adolescentes, esse Cinedica é para você!

Se existe uma fase conturbada e que gera as opiniões mais diversas em diferentes públicos, essa fase é a juventude e, em especial, a adolescência. Alguns passam por esse momento de maneira mais “segura”, enquanto outros, parecem estar numa montanha-russa emocional, física e social o tempo todo. A grande questão é que, no fim, não há ninguém que não se recorde de chorar por algo bobo, se irritar por motivos vãos ou se sentir à beira de um precipício quando adolescente e, talvez, é assim que deva ser. 

The Edge of Seventeen, aqui no Brasil conhecido como Quase 18, vem justamente oferecer ao telespectador um pouco dessa essência juvenil misturando drama e comédia de uma maneira que só a combustão de hormônios da mocidade poderia fazer.

Nesta obra, conhecemos a história de Nadine (Hailee Steinfeld) uma garota que se sente excluída de todos os grupos da escola, e porque não dizer, da sociedade (e não nos sentimos todos? risos). Dentro de sua bolha de exclusão, no entanto, ela tem apenas uma pessoa com quem pode contar: Krista (Haley Lu Richardson), sua melhor amiga de infância. E talvez tudo até ficasse bem com uma amizade só, se Darian (Blake Jenner), irmão mais velho, bonito e popular de Nadine, não conquistasse também a bff da garota. E sim, você adivinhou, é no meio dessa “traição imperdoável” que toda a trama começa. 

Para nossa felicidade, a diretora e também roteirista do filme Kelly Fremon Craig consegue encontrar o tom certo na maioria das piadas, denotando muita honestidade no processo de desenvolvimento da história e de seus personagens e, claramente, busca inspiração na filmografia de John Hughes, criando uma mistura de seriedade e humor que realmente deixa tudo mais interessante.

Outro destaque muito importante dá-se à atuação de Hailee Steinfeld, conhecida por Bravura Indômita (2010) e Pitch Perfect 2 (2015), que consegue incorporar perfeitamente a personalidade de Nadine, apresentando de forma verossímil ao público uma garota chata, teimosa, arrogante e que se faz de vítima o tempo todo, como qualquer outro adolescente extremamente inseguro. 

Outro personagem que merece destaque é o professor Bruner, muito bem interpretado por Woody Harrelson e é sua relação peculiar com a aluna que traz grande parte de humor ao filme. Esta passa longe de um clichê convencional entre estudante e professor, Bruner é tão rabugento quanto Nadine, mas, mesmo com seu jeito sarcástico, acaba se tornando o responsável por apresentar à jovem um mundo além dos problemas passageiros. Afinal, tudo é passageiro não é?

No fim, seja você um adolescente conturbado (como eu era na época em que Quase 18 entrou na minha vida), um quase adulto que ainda tenta entender a vida ou um pai e mãe que já se esqueceu como é difícil ser jovem, The Edge of Seventeen é uma ótima opção de filme e entretenimento. Por que, no fim, entender que a vida pode não ser justa, mas que mesmo assim merece ser vivida, serve para todos nós!

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