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The Handmaid’s Tale e o lugar dado à mulher

Uma série capaz de te fazer refletir (e temer o futuro).

 

Baseada no livro “O conto da Aia” de Margaret Atwood de 1985, a série estadunidense – original do canal de streaming Hulu – que estreou em Abril de 2017, “The Handmaid’s Tale”, traz um mundo totalitário e sexista em um futuro não muito distante, retratando a vida da handmaid (aia) Offred (Elisabeth Moss) e do núcleo ao seu redor.

A série ganhadora de vários Emmys e Globo de Ouro, conta com cenas fortes, diálogos bem elaborados, temáticas importantes, ótimas atuações, além de uma fotografia e enquadramento, que te faz ficar ainda mais apaixonado por ela.

Ela ocorre em um universo em que a população demográfica caiu, drasticamente, devido a poluição e doenças sexualmente transmissíveis; onde mulheres consideradas férteis são obrigadas a procriar em prol de um “bem maior”.

Essas Aias são mandadas as casas das famílias mais importantes para conceber filhos para o casal em meio a uma pequena cerimônia religiosa que conta com passagens da bíblia – sendo algo recorrente na trama –, como: “Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro. E ela disse: Eis aqui minha serva Bila, coabita com ela, para que dê à luz sobre meus joelhos, e eu assim receba filhos por ela” (Gênesis 30:1:3).

Essa realidade se torna presente após um atentado ao presidente dos Estados Unidos, em que um grupo fundamentalista de reconstrução cristã, autointitulado “Filhos de Jacó”, assume o poder, tendo “restaurar a ordem” como justificativa para governar. Assim, o país desenvolvido é transformado na República de Gilead, a qual, agora, as leis e costumes são baseadas no Antigo Testamento.

Com um novo governo de modelo totalitário, a Constituição dos Estados Unidos é suspensa. Desse modo, castas – divisão da sociedade em grupos – são criadas (“Comandantes”, “Esposas”, “Aias”, “Marthas”, “Olhos”, “Jezebels” e as “Tias”) e os direitos das mulheres retirados, resultando na diminuição da autonomia feminina, como perda da liberdade de expressão, de possuir propriedade e contas em bancos, e até mesmo ler.

A série que tem um forte protagonismo feminino foi renovada para sua terceira temporada (2019), e recebeu 20 indicações ao Emmy deste ano, sendo a segunda indicação, pela série ,consecutiva de Elizabeth Moss, ganhadora da categoria Melhor Atriz em Série Dramática em 2017.

Nolite te bastardes carborundorum, bitches

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