5 sugestões de filmes incríveis dirigidos por mulheres, produzidos a partir da perspectiva feminina
Quantos filmes você já assistiu que foram feitos por mulheres? Roteirizados e dirigidos? Aposto que você não consegue pensar em muitos não é? Por isso o TOP 5 dessa semana trará cinco sugestões de filmes de diretoras incríveis para você prestigiar.
1- Maria Antonieta (Sofia Coppola, 2006)
Maria Antonieta é o terceiro filme dirigido pela produtora, roteirista, cineasta e atriz estadunidense Sofia Coppola, que se destaca no mundo da sétima arte por ter sido a primeira diretora estadunidense e a terceira mulher a ser indicada a um Oscar na categoria de Melhor Direção. O filme conta a história da princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst), que é enviada à França para se casar com o príncipe Luis XVI (Jason Schwartzman), como parte de um acordo entre os países – ambos os personagens centrais da história europeia no contexto da Revolução Francesa. Na obra é retratado o contexto da corte francesa no Palácio de Versalhes, que envolvia regras rígidas de etiqueta, disputas familiares e fofocas de todo tipo, o que faz com que Maria Antonieta se isole dessa realidade e crie um espaço onde ela possa desfrutar de seus privilégios, de forma a sequer perceber o que acontecia fora do palácio.
O primeiro longa de Coppola foi As virgens Suicidas, que estreou em 1999 e venceu o MTV Movies Awards na categoria de Melhor Diretor Estreante. O segundo, Encontros e Desencontros (2003), recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original e foi indicado ao prêmio de Melhor Direção. Além desses, ela dirigiu os seguintes longas: Um Lugar Qualquer (2010), Bling Ring: A Gangue de Hollywood (2013) e O Estranho que nós Amamos (2017). Nesses filmes Sofia dirigiu atrizes como Scarlett Johansson, Kristen Dunst e Elle Fanning.
2- Lady Bird (Greta Gerwig, 2018)
Lady Bird foi o primeiro filme escrito e dirigido pela diretora, roteirista e atriz estadunidense que faz parte do movimento Mumblecore, Greta Gerwig. Ele conta a história de Christine McPherson (Saoirse Ronan), uma adolescente com personalidade forte que insiste em ser chamada de Lady Bird. O sonho de Christine, que está no último ano do colégio, é estudar em uma universidade bem longe de sua cidade natal Sacramento, na Califórnia – uma ideia que sua mãe rejeita. O filme narra inúmeros desentendimentos entre Lady Bird e sua mãe, a vida da adolescente no colégio católico, seu primeiro namoro, sua relação com família e amigos e outros ritos de passagem da adolescência para idade adulta. Lady Bird foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção, Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro Original, em 2018.
Além deste filme, Gerwig ficou conhecida por co-escrever junto com o diretor Noah Baumbach o filme indie Frances Ha (2013), onde ela também atuou como Frances. Greta foi atriz, sempre interpretando personagens complexas, nos filmes Para Roma com Amor, de Woody Allen; Lola Versus, de Daryl Wein; Mulheres do Século XX, de Mike Mills; Mistress America, de Noah Baumbach e O Solteirão de Noah Baumbach.
3- Democracia em Vertigem (Petra Costa, 2019)
Democracia em Vertigem é um documentário, em primeira pessoa, dirigido pela cineasta brasileira Petra Costa. O documentário é sobre o processo de impeachment da ex- presidenta, Dilma Rousseff, e tem imagens internas e exclusivas de locais que culminaram no impeachment, um dos momentos mais marcantes da democracia brasileira.
Petra faz parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood desde 2018, e traz como característica marcante de seus filmes uma tentativa de diálogo entre temas pessoais e questões sociais e políticas. Aos 36 anos, ela dirigiu já quatro filmes: Olhos de Ressaca (2009), Elena (2012), Olmo e a Gaivota (2015) e o documentário Democracia em Vertigem (2019), sendo os três últimos disponíveis na Netflix.
4- Que Horas Ela Volta? (Anna Muylaert, 2015)
Que Horas Ela Volta? é um filme de drama escrito e dirigido pela cineasta Anna Muylaert, que critica desigualdades brasileiras ao retratar o cotidiano de uma empregada doméstica de uma família de classe alta e a relação dela com sua filha e da filha com os patrões. O filme foi escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na disputa pelo Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, em 2016, mas não foi indicado ao prêmio. Foi eleito pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) como o melhor filme de 2015 e entrou pra lista dos cem melhores filmes brasileiros.
Anna Muylaert é diretora de televisão, cineasta e roteirista. Ela trabalhou como roteirista na criação de programas para televisão como: Mundo da Lua (1991) e Castelo Rá-Tim-Bum (1995), ambos da TV Cultura, e nos filmes O ano em que meus pais saíram de férias e Filhos do Carnaval de Cao Hamburguer. Como diretora, ela trabalhou nos filmes A Origem dos Bebês segundo Kiki Cavalcanti (1996), Durval Discos (2002) – que recebeu prêmio de Melhor Filme e Melhor Direção no Festival de Cinema de Gramado -, É Proibido Fumar (2009), dois episódios da série Preamar (2011) da HBO, Chamada a Cobrar (2012), Que Horas Ela Volta? (2015) e Mãe Só Há Uma (2016).
5- Across The Universe (Julie Taymor, 2017)
Embalado por músicas dos Beatles e se passando nos anos 60, em um contexto de Guerra do Vietnã e movimento de Contracultura, Across The Universe narra o romance entre Jude (Jim Sturgees), um jovem operário de Liverpool, e Lucy (Evan Rachel Wood), uma colegial de classe alta, e seus amigos e a música daquela época. O filme é um musical, onde seus personagens interpretam canções do quarteto de Liverpool. Across The Universe foi dirigido e roteirizado por Julie Taymor, sendo o primeiro musical dirigido por ela, que além de cineasta, também é diretora de teatro e ópera estadunidense.
Julie chamou atenção da crítica em 2002, quando dirigiu a biografia Frida, que foi indicada a seis categorias do Oscar. Ganhou dois prêmios Tony, recebendo quatro indicações, e se tornou a primeira mulher a ganhar (?) o prêmio Tony de Melhor Direção em Musical e Melhor Figurino.