Todos temos nossas séries de comédias preferidas, mas alguns personagens roubam a cena
As sitcoms são com certeza carro-chefe das televisões mundiais. Os Estados Unidos, um dos maiores exportadores de programas de TV, já teve sucessos mundiais no gênero e as TVs nacionais também produzem esse tipo de conteúdo aos montes. The Big Bang Theory, Seinfeld, Sai De Baixo, Chaves, Os Simpsons, exemplos de sucesso nacionais e internacionais do gênero que só se reinventa e anualmente traz novidades para as televisões mundiais.
Com os serviços de streaming crescendo cada vez mais, a exemplo da Netflix e do Amazon Prime, as séries de comédia, novas e antigas, tem ganhado cada vez mais espaço e gosto entre os consumidores. A permanência de Friends entre as séries favoritas do mundo mesmo depois de 25 anos ou as mobilizações para que a Netflix comprasse os direitos de Brooklyn 99 são exemplos disso. As sitcom estão no coração dos assistidores profissionais de série há muito tempo.
Mas a gente tem que combinar que alguns personagens dessas séries são destaques em suas narrativas mesmo que alguns não sejam os principais e esse TOP5 vai contar quais são os cinco personagens de séries de comédias que mais aquecem nossos corações e trazem boas risadas.
5 – Phoebe Buffay – Friends (David Crane e Marta Kauffman, 1994)
Friends é um dos clássicos do gênero e da TV. Seu enredo conta a história de seis amigos vivendo em New York e seus dilemas, amores e situações inusitadas. A série é super premiada, ganhou um Emmy na categoria Melhor Comédia em 2002 e coleciona 6 People’s Choice Awards, além de um Golden Globe Award.
Mas Phoebe é uma das personagens mais irreverentes e engraçadas da série. Sua história é muito mais dura do que a dos outros cinco amigos, seus problemas estão longe de serem os white people problems de Monica e Ross, por exemplo. Phoebe cresceu sem mãe (que se matou durante a infância da personagem), foi parar na rua aos 14 e teve que muitas vezes roubar para sobreviver. Uma vida trágica demais até para um drama, mas a irreverência e até a certa inocência de Phoebe são pontos altos de sua trajetória da série.
Cantora e compositora nas horas vagas, a personagem protagoniza cenas hilárias como o icônico “my eyes, my eyes!” quando descobriu que seus melhores amigos Mônica e Chandler estavam tendo um caso ou toda sua saga com a gravidez de barriga de aluguel. Phoebe também nos brinda com seus hits Smelly Cat, que conta a história de um gato fedido e como ele não tem culpa disso e The Cow in the Meadow, que Phoebe fez especialmente para as crianças em que conta como uma vaquinha está no pasto e em seguida é brutalmente feita de hambúrguer.
4 – Titus Andromedon – Unbreakable Kimmy Schmidt (Robert Carlock, 2015)
Unbreakable Kimmy Schmit é um dos sucessos da Netflix no ramo das comédias. A série conta a história de Kimmy, que foi sequestrada quando jovem por um maluco que achava que o mundo iria acabar e viveu anos num esconderijo subterrâneo. O enredo também tinha tudo para ser dramático, mas a tentativa da personagem principal de se adequar a vida moderna e reconquistar sua independência é hilária. Kimmy não quer voltar para a cidadezinha de onde veio e resolve viver em New York, onde acaba alugando um apartamento com Titus Andromedon, um aspirante a ator e cantor.
Titus e Kimmy são hilários juntos, é difícil dizer quem rouba mais a cena. No entanto a personalidade extravagante de Titus e sua expressões marcantes são inconfundíveis. O personagem é definição de pobre e soberbo. Mesmo estando completamente endividado, não deixa de alugar seus filmes favoritos e comprar roupas especiais para suas bonecas. Com seu jeito esperto e glamouroso, Titus se mete em situações hilariantes como seus testes para produções de cinema e aqui marcamos uma em especial em que Titus faz teste para CSI.
3 – Charles Boyle – Brooklyn Nine-Nine (Andy Samberg e Marshall Boone, 2013)
Brooklyn Nine-Nine dispensa apresentações. A série já foi considerada como Friends dessa geração e que inclusive já foi tema aqui no blog do Cinecom. Contando sobre o dia-a-dia da nonagésima nona delegacia de New York, a série tem sátiras leves, sacadas geniais e um pouco do humor pastelão refinado de Andy Samberg.
Cada um dos personagens é especial à sua maneira e nos dói ter que escolher um. Gina, Holt, Santiago, Terry, Peralta, Scully, Hitchcock… Cada um deles têm suas características próprias e já nos mataram de rir em diversas situações, mas Charles Boyle… O que dizer de Charles Boyle? O personagem é um dos policiais da 99 e é o orgulhoso melhor amigo e parceiro de trabalho de Jake Peralta e é essa amizade e extrema admiração que nos fazem amar Charles ainda mais. Boyle protagoniza cenas hilárias, seu jeito delicado e tranquilo em oposição a sua ferocidade quando se trata de sua família e amigos são pontos altos da série.
2 – Cameron Tucker – Modern Family (Steven Levitan e Christopher Lloyd, 2009)
Focando-se na família diferente de Jay Pritchett, Modern Family é uma das maiores em duração da televisão estadunidense. A série se divide em basicamente três núcleos que compõem a família Pritchett/Delgado/Dunphy/Tucker. Jay se casou novamente com a maravilhosa Gloria Delgado e o casal convive com os filhos de Jay, Claire e Mitchell, e seus respectivos esposos, Phil e Cameron, além do filho de Gloria, Manny Delgado, e os netos do casal Luke, Alex, Haley (filhos de Claire e Phill) e Lily (filha de Cameron e Mitchell). Ufa! Parece complicado? Mas não é nem um pouco.
Os temas da série são os mais variados desde a dificuldade de Jay de entender o filho Mitchell e seu esposo, até Gloria tentando ensinar a cultura latina para seus familiares. Cada um a sua maneira deixa a série mais engraçada e reflexiva, mas Cameron é propositalmente uma das estrelas da série. Sua personalidade é assim, sempre roubando a cena, como no episódio em que ele e Mitchell vão contar ao resto da família sobre a adoção de Lily e ele recria a cena de o Rei Leão para apresentá-la. Ou quando a menininha, ainda bebê, fica presa dentro do carro sozinha, ele corre para atirar uma lixeira na janela gritando “papai vai salvar você”. Cam também entra nos nossos corações de jeito.
1 – Michael Scott – The Office (Ricky Gervais e Stephen Merchant, 2005)
A série que ganhou versão em vários países conta a história do escritório de vendas de papel Dunder-Mifflin em Scranton, no formato de pseudodocumentário. Michael Scott é o personagem principal, ou pelo menos tenta ser, e é chefe da filial. Mas não qualquer chefe, ele é o melhor chefe do mundo, é o que diz em sua caneca que ele mesmo comprou.
Michael nos faz chorar de rir porque, mesmo em sua posição de comando, ele quer agradar e ser amados por todos, mas acaba por vezes falhando uma vez que ele é, no mínimo, sem noção. Quando questionado se preferia ser amado ou temido, sua resposta foi categórica: “é simples, quero que eles tenham medo do quanto me amam”.
Tocando em temas polêmicos da época como homossexualidade, racismo e prisão, a série conduz com muita ironia todos os conflitos. Michael passa mais tempo dando lições aos seus funcionários do que trabalhando, ele consegue explicar para todos, da maneira mais errada que existe, o que é ser gay, mesmo sendo um homem hétero, negro, mesmo sendo branco e sobre ser um ex-prisioneiro mesmo achando que nas cadeias são os dementadores, quem são os carcereiros.
Fazendo uma dobradinha com Dwight, seu funcionário puxa-saco e que inclusive assume o lugar de Michael como personagem principal quando o intérprete de Scott, Steve Carell, sai da série, Michael Scott é com certeza o melhor/pior chefe que todos nós temos.
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