A vida já exigiu dela estímulo desde o seu nascimento. Rita Cristina, natural de Viçosa, nasceu de um parto sofrido (prematuro) com paralisia cerebral, o que afetou sua parte motora. Isso não foi limitação para elas (é isso mesmo, elas, no plural). Sua mãe, Lúcia, tem sido o zelo em pessoa  para o seu desenvolvimento. Pela restrição do momento, conversamos por vídeo-chamada no WhatsApp. Com os cabelos amarrados, como de costume, agasalhada, levantando, em determinados momentos, a mão à frente do rosto, ela me conta um pouco sobre superação e sua vida que tem sido de conquistas dia a dia.

Atualmente Rita é estudante na Universidade Federal de Viçosa, tendo sempre ao lado, a sua mãe – que a leva e busca na UFV – e seus colegas da turma de Comunicação Social e Jornalismo – que a incentivam e ajudam nas tarefas avaliativas. Assim, ela tem vivido e conquistado cada vez mais o sonho da sua formação profissional e deseja por tempos melhores. 

Na pandemia, Rita não ficou a ver o tempo passar sem tirar algum proveito. As oportunidades foram surgindo e ela tem se dedicado, cada vez mais, à sua formação profissional. Na ativa, participando de disciplinas e projetos à distância, ela também vem colaborando com os afazeres domésticos (tira o pó dos móveis e objetos, lava a louça, organiza o guarda-roupas e armários). O que não fez até hoje foi preparar a comida, mas palpitar no cardápio, isso ela faz bem. Nesse tempo de distanciamento social, Rita gosta de (sempre) surpreender  os familiares e amigos com mensagens de esperança e  solidariedade para fortalecer os corações.

Rita é um ser admirável e inspira as pessoas que têm a graça do seu encontro. Já vacinada e como ela mesma disse, “desejo que todos, todas e todes sejam imunizados”, lembra a importância do que, infelizmente, anda tanto em baixa: “o valor da VIDA!” 

Por Jamília Lopes

Escrito por

Jamília Lopes Soares

Estudante de Comunicação Social/Jornalismo na Universidade Federal de Viçosa. Com o olhar na minha concepção humana, onde está o meu eixo.