Ágatha Christina, o abrasileirado da escritora britânica Agatha Christie, é o nome que herdou graças à admiração de sua mãe por livros de ficção policial. A ligação com a literatura, que veio bem antes do seu nascimento, ainda ecoa sobre ela. Leitora assídua de fantasias e distopias, já escreveu três livros e publicou dois desses. Sua sequência invejável no Skoob, “Books ao contrário”, já totaliza 169 dias consecutivos, que ela menciona com muito orgulho!
Se fosse para defini-la em uma saga, sem dúvidas seria Divergente. “Eu quero ser corajosa, eu quero ser altruísta, inteligente, honesta, e carinhosa… Ainda estou trabalhando no carinhosa.”. Com seu jeitinho especial de demonstrar amor, (Á)gata ri com gosto ao se dar conta que essa frase a define do início ao fim, mas sua ligação com Divergente vai muito além de frases e citações. Chicago, a cidade que norteia a trama, é o destino dos seus sonhos e ela está há menos de oito meses de realizá-lo.
Penso que mais de um ano tendo minha colega de quarto dividindo a vida comigo não me preparou para sua despedida. A observo com atenção e um misto de saudade me arrebata, sofrer por antecedência é ruim demais! Enquanto isso a vejo andando pela casa com seu chinelo do homem-aranha (tac-tac-tac) e cantarolando o dia inteiro os musicais da Disney, que ela tanto ama e, como repete mais de 10 vezes ao dia, tem o dever de conhecer seu maior ídolo: Lin-Manuel Miranda, diretor e compositor de musicais de sucesso.
Não posso deixar de mencionar sua paixão pela quarta arte, já que a vejo se expressar muito mais em melodias do que em palavras. A música nela é inerente, uma só existe se a outra existir também. Por isso, além de ser uma soprano impecável, ela se debruça em cantar desde Fantasma da Ópera até os raps do musical americano Hamilton.
Seu maior sonho é se tornar Au-pair e ela está há um TCC de distância de torná-lo realidade. Como vive em seu próprio conto de fadas, se inspira na Bela e a Fera e diz, com os olhos brilhantes como a lua, que “eu quero mais que a vida no interior”. Ela sonha alto demais para se limitar apenas a um país, por isso seu próximo check-in será na cidade dos seus sonhos. Ela é a garota de Chicago.
Ela sente muito, sente tudo, sente arder e sente frio. Ela é um misto de sensações que a fazem ser tão grande e eu nem me refiro à sua altura. Ágatha é um oceano, com intensas tempestades e turbilhões de ondas agitadas, é o enjoo de um barco que balança em pleno caos, mas quem sabe esperar pela calmaria, tem o privilégio de ouvir sua doce brisa, que chega de mansinho e faz com que tudo se acalme.