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#DEIXAELATRABALHAR: o que o silenciamento da campanha nas redes sociais traz de indícios quanto ao direito da mulher jornalista esportiva em exercício

Título#DEIXAELATRABALHAR: o que o silenciamento da campanha nas redes sociais traz de indícios quanto ao direito da mulher jornalista esportiva em exercício de sua função

Autora: Melina Castro Matos

Período: 2022-1

Orientadora: Mariana Ramalho Procópio Xavier

Resumo: O mercado de trabalho ainda é um espaço, de certa forma, hostil às mulheres, uma vez que são vítimas de desvalorização profissional, com grande diferença salarial quando comparado aos homens, e, sobretudo, de assédio, em suas diferentes formas. Um dos setores que tem sido alvo de discussões sobre o direito das mulheres e seu espaço no mercado de trabalho é o jornalismo esportivo, pois ainda há uma cultura de que “futebol não é coisa de mulher”, fortalecendo estereótipos de exclusão e desvalorização. Assim, considerando a importância de trazer à tona a discussão sobre o direito das mulheres, pretende-se analisar a campanha iniciada com a #DeixaElaTrabalhar, ao analisar o perfil @deixaelatrabalhar no Instagram, para compreender o papel da rede social, especificamente o Instagram, na luta das mulheres jornalistas esportivas por seu espaço no mercado esportivo e contra o assédio e o machismo. Para isso, foi realizado o modelo epistemológico chamado estudo de caso na pesquisa comunicacional, tendo como base a análise do discurso. Foi observado que esse perfil foi criado para ser um espaço de luta, de desabafo para outras vítimas, de exposição clara de esforços contra a violência e a discriminação contra as mulheres, em especial as jornalistas esportivas, no entanto, apesar da visibilidade, o apoio a essa luta não foi algo permanente, ou que tenha causado mudança significativa, uma vez que após comentários de repressão, não houve mais publicações. O silenciamento da campanha nas redes sociais mostra que apesar de ser um direito estabelecido, o exercício da função da mulher jornalista ainda não é livre, pelo contrário, é carregado de medo e revestido de persistência e clamor por justiça e igualdade, que deve ser considerado e colocado em discussão para que esse silenciamento seja combatido.

Palavras-chave: Redes Sociais. Discurso de Ódio. Jornalismo Esportivo. Direito das Mulheres.

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