Análise: Vídeos em formato web stories para conteúdo jornalístico online.
Há 10 anos surgia o snapchat e com ele um formato que tomou o mundo, os web stories. De lá pra cá o formato foi adotado por outras redes sociais como Instagram e Twitter, e com o crescimento do ecossistema dessas plataformas, o jornalismo brasileiro corre para se adaptar às novas marés.
É tendo isso em mente que foi realizada esta análise, trabalhando principalmente com os seguintes portais: Estadão, Folha de São Paulo e O Tempo.
Estadão
Foi o veículo que conseguiu utilizar o formato de forma mais interessante, alternando entre a lógica mais predominante da rede social e seu uso de memes para prender a atenção do usuário e mesclando com informações pontuais e momentos de maior desenvolvimento, onde um jornalista explica pra câmera a história em questão. Há uma ênfase na utilização de vídeos.
Folha de São Paulo
Nota-se uma ausência de vídeos nos stories da Folha. Foco em blocos de texto acompanhados de imagens que ajudam a contextualizar a informação. Para tornar a leitura mais chamativa, utilizam gifs e memes próprios da rede social. Também utilizam ferramentas de interação do Instagram.
O Tempo
Não.
Há uma clara predominância da quantidade à qualidade, usando um mesmo template para apenas dar as manchetes e quando tentam sair do padrão, é destoante, os stories não foram feitos para estarem juntos. Não é o canal, apenas mais uma ferramenta de divulgação.
Dá certo?
Dentre os três veículos, fica nítido que o Estadão é quem melhor consegue aproveitar os potenciais do formato. Tanto a estética quanto a maneira como se mescla forma e conteúdo evidenciam superioridade do portal nesse quesito. O formato vai ficar? Há espaço para evolução e experimentação dentro dele? Questões para o futuro, mas vale lembrar que não encontramos nenhum veículo internacional experimentando com o modelo.
Por: João Vitor, Júlio Cléber, Luiz Augusto e Marco Antônio