Sequer chegaremos ao futuro?

Sequer chegaremos ao futuro?

Por: Ana Clara Barbosa (113017) Mell Muniz (113011)

Em uma entrevista publicada em 2022, a deputada federal, Célia Xakriabá explica e externaliza a importância da presença indígena em posições políticas e de poder estatal. 

Disposta a fazer sua marca, representar o povo indígena e ser uma defensora ativa da causa ambiental, Célia explica e impulsiona os direitos indígenas e a crise climática. Veja a entrevista completa abaixo:

Fonte: O TEMPO

Ela começa justificando a potência da ancestralidade e como o seu povo, mesmo sendo uma pequena parte da sociedade, é ainda sim, quem mais protege a biodiversidade do país “Somos 5% da população do mundo e protegemos 80% da biodiversidade.”

Alok (dj e produtor musical), incorporou essa mesma ideologia em seu álbum, “THE FUTURE IS ANCESTRAL” de 2024, com o apoio e orientação de 8 povos indígenas de diferentes regiões, o artista procurou trazer aos olhos da grande mídia, a relevância da luta de povos tradicionais e a devida valorização de quem tanto luta pela preservação da vida.

Esse entendimento de ancestralidade e como quem cuida e preserva da fauna é negligenciado e esquecido é extremamente importante para compreensão de que esses dois conceitos são uma frente única. 

O projeto político programado para exterminar povos indígenas, agora extermina águas, florestas, oxigênio. Isso tem a ver com destruição da humanidade. […] Se você não se sensibilizar porque não está sujeito a morrer nos conflitos territoriais, vamos todos morrer por um mal comum” 

Célia Xakriabá

Logo se torna claro que ao dizimar um povo, uma comunidade, dizima-se também o que esse povo representa. A caça ao povo indígena está integralmente ligada à caça e desvalorização da biodiversidade do país. 

Quando questionada sobre suas lembranças eleitorais e seu trajeto, Célia relata:  “Eu sinto saudade da campanha. Era um processo descolonizador de pensar o ensino e a aprendizagem da sociedade mineira, que conseguiu romper com vários racismos da ausência.” 

Dando ênfase a relevância da politização e integração de cidadãos em assuntos como esse, temos um ótimo exemplo, sendo esse o “café com agroecologia”, projeto de extensão da UFV (Universidade Federal de Viçosa), onde debates com temas relacionados à agroecologia e ciências sociais são implementados e discutidos. 

Como fechamento da entrevista, a deputada reforça o poder e o vigor do povo indígena, pontuando sua consistente causa que é lutar pela ocupação de espaços: “Quando o povo indígena canta, não canta sozinho. Traz a força do território e de milhares de pessoas que já se foram.” 

Fonte: O TEMPO

Texto Original: Cristiana Andrade e Cynthia Castro

com365

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