E-Sports na Educação Física? Saiba o que vem sendo debatido até agora

Você sabe o que são os E-Sports? Esse é o nome dado a competições esportivas feitas com o uso de jogos eletrônicos, que já se transformou em um mercado bilionário e atrai um público cada vez maior aos eventos relacionados ao tema.

Final do Mundial de LoL, em 2018, bateu recorde de audiência — Foto: Divulgação/Riot Games

Mas além de lotar estádios, os e-sports podem ganhar um outro espaço: as salas de aula. É que com o surgimento desse fenômeno mundial, profissionais de Educação Física vêm debatendo a possibilidade de considerar essa prática como modalidade esportiva e integrá-la no cotidiano das escolas.

É o que já está acontecendo em algumas instituições dos Estados Unidos, por exemplo. A Federação Nacional de Escolas Secundárias Estaduais (NFHS em inglês) incluiu os jogos eletrônicos esportivos no currículo do Ensino Médio, com a intenção de desenvolver hábitos de práticas esportivas, como a competitividade e o trabalho em equipe, além de ser uma forma de afastar os jovens da criminalidade.

“Iniciativas semelhantes podem ser adotadas no Brasil, mas ainda é necessário um investimento maior na educação e em tecnologias que permitam que isso aconteça”, analisa Paulo Lobato, professor e ex-chefe do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Viçosa.

Ele reconhece a relevância dos e-sports no atual contexto, mas afirma não considerá-los como uma modalidade esportiva. “Percebo que há essa manifestação muito grande, um crescimento de praticantes, e isso tem atraído, por exemplo, a atenção da mídia, que já transmite eventos dessa natureza. Portanto, temos que reconhecer que isso tem destaque dentro do nosso contexto, mas não entendo como sendo um esporte, e sim como uma atividade de lazer”, diz.

O que pensa o COI sobre o assunto

Apesar de grande parte da comunidade esportiva ter se posicionado contra, o Comitê Olímpico Internacional (COI) declarou, em outubro de 2017, que “os e-sports podem ser considerados uma atividade esportiva, e os jogadores envolvidos se preparam e treinam com uma intensidade que pode ser comparável a atletas de esportes tradicionais”. Esse é um passo importante para que os e-sports possam, inclusive, ser incluídos como modalidade olímpica.


Esta matéria foi escrita por Gabriel Máximo para o jornal OutrOlhar, em 2018. Para ter acesso à matéria original, clique em baixar:

Gabriel Máximo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *