Doações de sangue em falta
Apesar de muito importante, a doação de sangue no Brasil ainda é abaixo do nível proposto pela Organização Mundial da Saúde. O ideal é que 3% a 5% da população de um país seja doadora de sangue, porém apenas 1,6% dos brasileiros se dispõe a ir em centros de doação ou participam de campanhas. De acordo com Luciana Marinho, gerente administrativa do Hemominas em Ponte Nova, muitos doadores só aparecem quando um parente se interna no hospital para fazer alguma cirurgia.
Em Viçosa, as doações ainda dependem de campanhas, enquanto o Posto Avançado de Coleta Externa (Pace) do Hemominas não começa a funcionar. A unidade mais próxima da cidade é a de Ponte Nova, que atende outras 30 cidades na região. Mesmo assim, os estoques de sangue continuam em nível crítico.
Muitos brasileiros deixam de doar por falta de informação, como por exemplo que jovens a partir de 16 anos já podem ser voluntários. Há também algumas normas relacionadas ao peso e histórico médico dos doadores que podem ser facilmente encontradas no site do Hemominas.
Cada bolsa de sangue doada pode salvar até seis vidas em procedimentos como cirurgias, atendimentos de emergência e até em epidemias. O processo todos, desde o cadastro até a finalização da doação deve levar cerca de 1 hora e o recomendável é que seja feita duas vezes por anos apenas. Para quem doa, são alguns minutos, mas para quem recebe, é uma vida inteira.
Esta matéria foi escrita por Marina Gouveia para o jornal OutrOlhar, em 2018. Para ter acesso à matéria original, clique em baixar: