Cidades já somam mais mortes que nascimentos em desvio de curva que pode avançar em todo Brasil

Cidades já somam mais mortes que nascimentos em desvio de curva que pode avançar em todo Brasil

por Carla Luz e Emanuel Vargas

A reportagem que escolhemos para a análise é do site El País Brasil e trata sobre a relação entre os números de mortos e de nascimentos do país. Intitulada como “Cidades já somam mais mortes que nascimentos em desvio de curva que pode avançar em todo Brasil”, a matéria aborda a questão da crise pandêmica causada pelo coronavírus e mais a fundo sobre os dados do nº de mortos e do nº de nascimentos em todo o país.

A principal base de dados utilizada pela reportagem, como é explicada pela mesma, é a do Portal da Transparência do Registro Civil do Brasil. Na matéria, os dados analisados são referentes as cidades mais populosas do país.

Uma pergunta principal que é respondida com base nos dados apresentados pelo portal e analisados pelo El País é: “Os números de óbitos já passaram os de nascimento em algum momento?”. Em sua análise, o El País já havia detectado que em 24% das cidades analisadas, as curvas de óbitos e de nascimentos já haviam se cruzado.

Seguindo a lógica da definição feita pelo Manual do Jornalismo de dados, podemos entender que na reportagem do El País, o jornalismo de dados não busca substituir o jornalismo tradicional, mas sim de acrescentar um elemento importantíssimo e completamente factível que auxilia no entendimento da reportagem.

Os dados, “entrevistados” pelos jornalistas do El País, foram apresentados ao longo dos parágrafos de texto, mas não somente. A reportagem também utilizou gráficos em barras horizontais para mostrar, comparativamente, o número de óbitos e de nascimentos em dados que se referem aos 50 municípios brasileiros com mais de 500.000 habitantes, durante o mês de Março do ano de 2020 e de 2021.

Vale ressaltar que a reportagem não utilizou apenas da fonte do Portal de Transparência do Registro Civil do Brasil para chancelar o assunto. O jornal foi atrás, ainda, de outras fontes como Márcia Castro, professora de demografia e membro do Centro de Estudos para População e Desenvolvimento de Harvard, e o neurocientista Miguel Nicolelis.

oemanuelvargas

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