Conheça o verão e o romance de Hollywood

Conheça o verão e o romance de Hollywood

Entenda o motivo dessas produções conquistarem nossos corações apaixonados

Ah o verão… uma estação muito agradável para a maioria das pessoas, e que, em seu imaginário já carrega grandes expectativas. Ao falar de cinema e verão é quase impossível não pensar nos romances que estão presentes dentro da categoria. Hollywood, através dos anos, conseguiu criar e estruturar um gênero em torno disso: os amores de verão.

Amores de Verão em A Última Música.
Amores de Verão em A Última Música. Reprodução: internet.

As características dos Amores de Verão no cinema

Quando vemos produções sobre a temática, ao analisar atentamente as características, é possível conhecer a raiz que sustenta a audiência.

O amor perfeito

A construção do amor romântico perfeito, dentro dessa estação, foi formulada em cima de uma construção social ocidental já estabelecida, aquela que foi pautada dentro de um fenômeno
histórico.

O amor que conhecemos de fato sempre existiu na nossa sociedade, mas foi a partir da década de 60 e 70 que ele começou a ter a forma romântica que conhecemos hoje, com buquês de rosas, beijos apaixonados e o “felizes para sempre”.

A estação mais quente do ano

Já o verão, foi construído historicamente pelo ocidente como um período de descanso, lazer, frescor e intensidade. A indústria cinematográfica, quando reconheceu a junção dos dois, percebeu ali a oportunidade de demonstrar – e ganhar dinheiro – em cima de algo que muitas pessoas almejam, a ideal linguagem do amor.

Estrutura visual dos romances da estação

Desde então, uma estruturação visual foi praticada em filmes do gênero. A estação por si só se relaciona muito com as cores alegres como vermelho, amarelo e laranja e, também, com o azul e o verde, que muitas vezes demonstram tranquilidade.

Essas cores, ainda, são presentes quando falamos de romance. A edição e coordenação de frames estão sempre se enquadrando de forma que estimulem nossos sentidos a relacionarem os amores de verão como algo dos sonhos.

A importância dos clichês

É o clichê das praias, do pôr do sol, a presença dos amigos, beijos embaixo d’água e os parques de diversão, que são em si, momentos inesquecíveis, assim como o romantismo do casal que está vivendo aquele amor com prazo de validade.

Tudo se associa a essa linguagem do amor, a intensidade, a emoção que foge do peito naquele momento sem compromisso que é para ser vivido em toda sua plenitude. O contexto e sentido implementado nos roteiros gira em torno disso, o desejo que aquele momento dure mais que uma estação.

Produções mais famosas da categoria

  • A Última Música vem como um dos filmes mais emblemáticos da categoria dos anos 2010. A produção gabarita quase todos os tópicos acima, nos dando, além disso, músicas originais que tocam o fundo dos corações apaixonados.
  • Cartas para Julieta (2010) também foi uma grande cartada, com uma história sensível e comovente pelas belas ruas italianas, conectou-se aos amantes da trágica história de Shakespeare, se ancorando nas tradições ocidentais das práticas ideais do amor da estação.
  • Dirty Dancing (1987) que traz a dança e um romance mais adulto para os projetores dos cinemas, nos fazendo sonhar em um dia reproduzir a cena da dança, além de ter, finalmente, um final feliz.

A boa mensagem dos amores de verão

Mas nem só de histórias fofas vivem essas produções, com elas podemos perceber e entender a importância dos amores que terminam. Nem sempre o sucesso de um relacionamento está relacionado a sua longevidade. A entrega e a profundidade de um amor, muitas vezes, são encontradas em pequenas fases da vida. Saber o momento em que terminar é o mais correto nos liberta de certas amarras – viver aquele momento com tudo é o que realmente importa, mesmo que ele não seja eterno.

É tirar uma pressão do coração que colocamos em cima de nossos amores românticos. Acabar vai doer, mas não temos garantias de que seja de fato o final. Para esse verão, vamos viver nossos amores com o frescor e intensidade que essa estação exige. Chegou a hora de nos permitir.

Texto escrito por Sara Mendes para a Edição nº 12 – dezembro/2021 da Revista No Script! do projeto Cinecom UFV, e adaptado para linguagem da web pela disciplina de Jornalismo Online.

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